
O roteiro de Diablo Cody (agora aclamada e oscarizada) trata um problema comum em nossa sociedade sem dramalhão e hipocrisia. Situações simples e cotidianas para resolver problemas simples e cotidianos. Não há histeria por parte dos pais, nem namorado que foge da responsabilidade (na verdade ele é deixado de lado nas decisões), nem adolescente perdida, achando que o mundo acabou com a gravidez.
Fugindo dos estereótipos de adolescente problema, Juno (Ellen Page) encara o situação de forma lógica. Como se livrar da “coisa” e voltar ao normal? Descartando a tentativa de aborto, não por ser contra, mas porque o feto já tem unhas, ela decide dar a criança para adoção. Encontra os “pais perfeitos” (Jennifer Garner e Jason Bateman) nos classificados e passa a conviver com eles.
A partir daí acompanhamos a jornada de Juno para enfrentar o dia-a-dia de uma gravidez precoce, e a preparação dos futuros pais para a chegada do bebê. Depois do Oscar nem é necessário dizer que Ellen Page esta bem como Juno, ela é Juno. E o resto do elenco segue o mesmo ritmo, mantendo o publico preso a história, que não traz muitas surpresas, talvez por isso agrade tanto. O interessante não é ter um acontecimento inesperado, mas sim acompanhar como pessoas comuns resolvem os problemas cotidianos a sua frente.
Uma história sobre pessoas e suas escolhas, tratada de forma simples e com tiradas de fazer qualquer “pergunta idiota tolerância zero” morrer de inveja, fizeram de Juno a surpresa do ano. Uma comédia que podia acontecer na sua rua.
Juno (Juno)
EUA / Canadá - 2007 - 96 min
Comédia / Drama
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