
Os cinco Robinson, Don e a Dra Smith, estão perdidos em um planeta estranho. Mas, a nave mãe Resolute e o restante da missão de colonização de que fazem parte ainda estão por perto. Se reunir com o grupo, encontrar o Robô, renuir recursos para seguir viagem, enfrentar uma civilização alienígena, lidar com os problemas da convivência em sociedade, e com as intrigas da Doutora, são os desafios destes dez episódios.
Após quase um ano juntos e por conta própria, a família é separada por suas tarefas e precisa obedecer a cadeia de comando da missão. Abrindo espaço para intrigas na missão, e para explorar os dilemas pessoas separadamente.
Penny (Mina Sundwall), por exemplo, se sente inferior aos irmãos, e cria uma relação complexa com a Dra. Smith (Parker Posey), que continua evoluindo sua personalidade ambígua, por causa de sua conexão com família. Will (Maxwell Jenkins) explora ainda mais sua relação com Robô (Brian Steele), com a interferência de terceiros e o agravante de que a criatura pode ser uma peça decisiva para o sucesso da missão. Maureen (Molly Parker) começa a lidar com as consequências de ter adulterado os exames do filho. Don (Ignacio Serricchio) precisa reencontrar seu lugar na nave, reconquistar seus amigos operários, sem abandonar os laços com sua família postiça;

O apego aos Robinsons, Don e Smith são ao mesmo tempo o ponto forte e fraco da temporada. Se por um lado, já estamos apegados aos protagonistas, e acompanhamos de bom grado sua evolução. Por outro, em alguns momentos, é difícil crer que em uma tripulação com centenas de pessoas, eles são os únicos capazes de resolver, ou mesmo notar os problemas. A "ferrugem" alienígena que ameaça os equipamentos, é o exemplo mais gritante. Os demais colonos já circulavam pela região onde o elemento se encontra há meses, mas a "infecção" espera a família protagonista chegarem para "atacar".


O planeta da vez é menos variado, e a produção concentra grande parte da história na nave Resolute. Mas a produção consegue manter a sensação de vastidão de desconhecido do universo. E ainda inclui nos cenários elementos que expandem a mitologia espacial. Já a história humana, continua sendo enriquecida com os flashbacks que ajudam a compreender as ações escolhas dos personagens, embora Don pareça negligenciado neste aspecto. Não sabemos muito da vida do mecânico/piloto/contrabandista, antes desta viagem.

Em outras palavras, é um raro programa para toda a família. De verdade, pode juntar a molecada e os adultos para uma maratona do seus sofá à Alpha Centauri. Não vai se arrepender.
Assim como a anterior, a segunda temporada de Perdidos no Espaço tem 10 episódios com cerca de uma hora cada. Todos disponíveis na Netflix.
Leia a crítica da primeira temporada, e estas Dicas para sua Maratona da série.
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