A Netflix não apenas resgatou um clássico da ficção-cientifica televisiva, mas também atualizou seu argumento e dinâmica para o público atual. O resultado é uma divertida série para toda a família. Então, caso você tenha ficado em uma nave espacial sem rumo nos últimos meses, ou apenas esteja procurando informações extras sobre a série, confira estas dicas para aprimorar sua maratona de Perdidos no Espaço.
Perdidos no Espaço da Netflix, é uma nova versão da série homônima produzida entre 1965 e 1968. Na série original, os Robinsons e cia, deixam a Terra no "futurístico" ano de 1997! Suas personalidades e dinâmica familiar refletiam o ideal de família "estadunidense" da época e o, então desejado, "American way of life". No elenco Mark Goddard, Marta Kristen, Billy Mumy, Angela Cartwright, Jonathan Harris, June Lockhart e Guy Williams.
Em 1998, uma nova versão da série chegou aos cinemas. Dessa vez com a família partindo do ano de 2058. O elenco contava com Gary Oldman, William Hurt, Matt LeBlanc, Heather Graham e Lacey Chabert, mas os grandes nomes não garantiram o sucesso do filme.
Agora vamos a versão de 2018
1 - Diferente da série de TV, e do filme, nesta versão os Robinsons não ficam perdidos imediatamente, muito menos ficam sozinhos. A família e outros grupos caem em um planeta a caminho de Alpha Centaury, com a nave mãe chamada Resolute ainda nas proximidades. E esta primeira temporada existe para mostrar como a equipe da Júpiter 2 se formou. Mas calma, as aventuras ainda estão lá e o resultado desta primeira jornada entrega uma tripulação e destino bastante parecida com a série clássica.
2 - As personalidades e motivações dos personagens também foram atualizadas. Os Robinsons estão longe de ser uma família perfeita e Don não é a figura do bom moço. Até o Robô ganhou moldes mais interessantes, já o Dr. Smith sofreu uma mudança radical, pela primeira vez é uma mulher, não que isso mude suas "habilidades" - leia-se lábia e instinto covarde de auto-preservação.
3 - Flashbacks mostram a vida dos personagens na Terra, apresentando melhor suas personalidades e motivações. Descobrimos também os motivos para a humanidade precisar de um novo lar, e o sistema de seleção para os colonizadores.
4 - Judy é adotada, mas isso não é um dilema, nem mesmo um tema, de fato a informação é dada sem grande alarde. A série aceita que famílias podem ter todo e qualquer formato, e isso garante a diversidade tanto na própria família, quanto entre os demais participantes da missão. E isso é ótimo.
5 - A tecnologia espacial também foi atualizada, mesmo porque seria difícil a audiência dos dias de hoje acreditar nas "modernidades dos anos 60". O que não significa que a série não seja bastante colorida.
6- Outro ponto a se observar, é a vastidão e diversidade do planeta desconhecido em que o grupo cai. O ambiente consegue conciliar beleza e crueldade.
Para os fãs clássicos as referências e homenagens são muitas, e estão espalhadas por toda a parte. Encontra-las é parte da diversão.
7- Os nomes de alguns personagens foram criados apartir de amalgamas dos nomes dos atores da série original.Angela Goddard, personagem de Sibongile Mlambo, é uma combinação dos nomes de Angela Cartwright (Penny Robinson) e Mark Goddard (Don West). A verdadeira identidade da personagem de Parker Posey é June Harris, uma combinação de June Lockhart (Maureen Robinson) e Jonathan Harris (Dr. Smith).
8 - Com a mudança de gênero da Dra. Smith, as mulheres agora são maioria na tripulação/elenco principal. Isto não é um acidente, as moças estão muito mais empoderadas que suas versões anteriores. E, ouso dizer, são bem mais competentes que os rapazes. #GirlPower.
9 - Bill Mumy, o Will Robinson da série original faz uma participação especial no remake. Ele interpreta o verdadeiro Dr. Smith, no piloto da série.
10 - Na série original Penny encontra um macaco alienígena que adota como animal de estimação e dá o nome de Debbie. Em 2018, Debbie é uma galinha adotada por Don.
11 - Apesar das mudanças, a fala clássica do robô "Will Robbinson perigo!" está garantida.
12 - A série atual usa a mesma musica tema da série dos anos 60 e do filme. A canção é a mais popular, mas não foi a primeira do programa, as duas primeiras temporadas tiveram uma trilha diferente. Ambas as canções foram compostas por John Williams.
13 - As mudanças são muitas, mas não atrapalham em nada na empatia com os personagens. Seja você um veterano que vai se surpreender com as novidades, ou um não iniciado que vai ficar curioso sobre as versões anteriores.
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A nova versão de Perdidos no Espaço surpreende ao atualizar a franquia, sem desrespeitar original. É divertido e acessível para toda a família. A primeira temporada de Perdidos no Espaço tem 10 episódios com cerca de uma hora cada. Todos estão disponíveis na Netflix.
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