Está na hora de Devi (Maitreyi Ramakrishnan) começar a aprender com seus erros, e expandir seus horizontes! Essa é a sensação que a terceira temporada de Eu Nunca... deixa ao final de sua maratona. O que não significa que a série tenha caído em qualidade, mas que a escolha deste ano, foi pela segurança da repetição, deixando de lado algumas possibilidades de crescimento e amadurecimento.
Devi começa seu terceiro ano feliz, com o namorado de seus sonhos. É claro, que com sua inseguranças e personalidade forte, o sonho adolescente não dura muito tempo. E a jovem encara uma nova temporada de encontros e desencontros com pretendentes, enquanto ainda lida com o luto pelo pai, e com a rigidez da mãe.
Não, não é impressão sua. Os dilemas de Devi ainda estão muito voltados para como suas inseguranças afetam seus relacionamentos amorosos. Se antes o problema era a escolha entre Paxton (Darren Barnet) e Ben (Jaren Lewison) , agora é a crença da garota de que não merece o par que conquistara. Ao menos no início da temporada. Mais tarde, um novo candidato, que traz um parâmetro diferente entra em cena. Embora mantenha, namorar e driblar a vigilância severa da mãe parecem como os únicos interesses da garota.
Fixação que poderia ser abordada pela série, especialmente nos momentos de terapia. Mas as sessões são mais escassas, e geralmente apontam de volta ao luto. Outro tema já explorado à exaustão nas primeiras temporadas.
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Os arcos dos coadjuvantes também parecem mais simples nesta temporada. Kamala (Richa Moorjani) precisa lidar com a rejeição da avó à suas escolhas amorosas. Ben precisa aprender a relaxar academicamente e na forma como trata as pessoas. Enquanto Fabiola, Eleanor e Aneesa (Lee Rodriguez, Ramona Young e Megan Suri) lidam com seus próprios dilemas amorosos.
O destaque da vez fica para Nalini (Poorna Jagannathan), a mãe da protagonista finalmente percebe o quão solitária é e tenta fazer uma nova amiga. Sequencias adoráveis que gostaríamos de ver mais, e que deixam um gostinho amargo pelo desfecho de tal amizade.
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Evoluindo pouco seus personagens, o roteiro parece escolher uma zona segura e confortável. Dando preferência à passar mais tempo com os adorados personagens, que de fato fazê-los crescer. Mesmo no encerramento da temporada, que inclui a formatura de um personagem importante, pouco muda na situação de Devi. Ela continua se sentindo uma nerd, com os mesmos amigos, mesmas habilidades, e até a mesma relação de amor complexa com a mãe.
Felizmente, mesmo mantendo o status-quo, o roteiro é inteligente ágil e criativo. É impressionante, embora curiosamente realista, a quantidade de encrencas e problemas que adolescentes podem enfrentar, mesmo em um cotidiano relativamente estável. Não há nada que os hormônios em fúria da idade não possam confundir e ampliar! Além disso, já adoramos Devi e companhia o suficiente para que apenas passar mais algumas horas em sua companhia seja entretenimento bastante.
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Eu Nunca... continua sendo uma das séries teen mais inteligentes, eloquentes e relacionáveis do catálogo da Netflix. Conversa honesta e facilmente com quem é, foi e será adolescente. A terceira temporada não se arrisca muito no quesito trama. Ainda sim, entrega algumas divertidas horas de entretenimento ao lado deste grupo diverso e interessante de jovens. Além de preparar terreno para uma quarta temporada promissora já confirmada. O último ano de Devi na escola, também será o desfecho da série. Últimas chances, a mudança para faculdade deve e as consequentes despedidas devem sacudir a vida da jovem indiana americana.
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