7 motivos para maratonar A Idade Dourada

The Gilded Age, A Idade Dourada na versão brasileira, estreou de forma bastante discreta na HBO e HBO Max no final de janeiro de 2022. A exibição pouco alardeada, no entanto, pouco faz jus ao potencial e a opulência da nova série do criador de Downton Abbey. Logo, nada mais justo que esta blogueira que vôs escreve tente compensar esta falha, trazendo mais gente para conversar sobre a produção. Vem conhecer um pouco mais e descobrir os motivos para maratonar A Idade Dourada!

É 1882 nos Estados Unidos, e a jovem Marian (Louisa Jacobson) descobre que seu recém falecido pai não lhe deixou nada além de dívidas. O que a obriga a deixar a pacata Pensilvânia, para viver com as tias ricas e conservadoras que mal conhece na vibrante Nova York do final do século XIX. A cidade é palco de grandes mudanças e revoluções, mas também de um grande embate entre famílias tradicionais e novos ricos. 

1 - A produção!

Vamos começar pelo óbvio, uma produção com o selo HBO (leia-se grande orçamento). O que garante cenários grandiosos, opulentos, figurinos deslumbrantes, e uma qualidade técnica impecável. A reconstrução de época é de encher os olhos, especialmente o ambicioso cenário da Rua 61, e o interior da mansão Russell. 


2 - O elenco!

Ninguém menos quê Christine Baranski e Carrie Coon encabeçam a disputa social no cena nova-iorquina, como a tradicional Sra. Van Rhijn e a nova rica ávida por ingressar na sociedade Sra Russell, respectivamente. Além delas o elenco ainda conta com Louisa Jacobson (filha de Meryl Streep!), Taissa Farmiga, Denée Benton, Morgan Spector, e Cynthia Nixon. 

3 - Você ama Downton Abbey?

Pois, A Idade Dourada não apenas do mesmo criador, Julian Fellowes, mas faz parte do mesmo universo que a série britânica. Logo, apesar de acontecer quase meio século antes, guarda semelhanças na forma como retrata a relação entre senhores e criados, como apresenta as rígidas regras e costumes da época. Bem como no ritmo da narrativa, e esmero visual.

A diferença aqui, é o foco em duas famílias, e aqueles que a cercam e não apenas em uma. Outra distinção é o tom, com intrigas mais agressivas e enérgicas que as de Downton Abbey.

Fellowes espera conseguir unir as produções ainda mais, ao trazer no futuro versões mais jovens do Conde e da Condessa de Grantham, e da Condessa Viúva (personagens de Hugh Bonneville, Elizabeth McGovern e Maggie Smith) para a produção da HBO.
 

4 - Não é apenas sobre uma disputa entre ricos!

Não se deixe enganar pela econômica sinopse deste post. A série vai além da mera rixa entre velho e novo dinheiro.  Ela apresenta o cenário nova-iorquino da época, uma cidade efervescente, e capital econômica do pais,  que encabeçava as mudanças nos EUA e no mundo.

Mudanças de hábitos, ganhos e perdas de grandes fortunas, revoluções sociais, culturais e tecnológicas também estão em pauta. Não apenas pelos olhos da classe abastada, mas por aqueles que os servem. A série também traz um pouco do cotidiano dos criados destas grandes casas, assim como acontece em Downton Abbey, embora com menos tempo de tela.

Idade Dourada (The Gilded Age no original) é o termo usado historicamente para  se referir ao período da história estadunidense entre 1870 e 1900, no qual o país teve um grande crescimento econômico e tecnológico, graças principalmente à estradas de ferro, e as indústria de aço e petróleo. Junto com elas o surgimento de grandes monopólios e novas famílias com grande riqueza. 

O termo é derivado do romance de 1873 de Mark Twain e Charles Dudley Warner, The Gilded Age: A Tale of Today. Que satiriza os problemas sociais mascarados por uma fina douração, por isso "idade dourada", não "de ouro". A série usa a mesma metáfora para discutir o elitismo e a dinâmica de classes.

5 - A Senhorita Peggy Scott

Não apenas ela, mas todo o núcleo que a atriz Denée Benton encabeça. A personagem é filha da elite negra de NY. Sim, existiam negros abastados nos Estados Unidos naquele período! Eles viviam em suas próprias comunidades ricas e educadas, mas eles nunca foram retratados adequadamente em obras audiovisuais. 

A intenção aqui é finalmente retratá-los adequadamente, tarefa que curiosamente foi beneficiada pelo hiato nas filmagens causado pela pandemia. O "tempo extra", permitiu que a interprete de Peggy, Denée Benton buscasse melhores formas de retratar sua personagem junto a produção, que abriu espaço para mais profissionais negros na produção para realizar tal tarefa.

6 - Figuras e momentos históricos

Alguns personagens e eventos mostrados ou mencionados na série existiram, ou aconteceram naquele período.  Como a construção da Estátua da Liberdade e a iluminação da primeira via pública estadunidense a Wall Street.

T. Thomas Fortune (interpretado por Sullivan Jones), o editor do jornal New York Globe, Clara Barton (Linda Emond),  fundadora da Cruz Vermelha Americana, e a Sra. Astor (Donna Murphy), a mais influente dama da elite nova-iorquina, são os personagens reais que foram retratados até o momento. 

Enquanto outros personagens são apenas inspirados em figuras reais. Os Russel, por exemplo, são inspirados na família do barão e financista ferroviário Jay Gould, que lutou bastante para conseguir aceitação entre a velha elite do dinheiro da cidade. As atitudes de Bertha Russel, especificamente, parecem inspiradas em Ava Vanderbilt, que batalhou ativamente, e com muito dinheiro para ser aceita na sociedade. Bertha inclusive a cita em um dos episódios. 

7 - Intriga e drama

Gente rica "tretando". Rios de dinheiro esbanjados para fomentar a briga. Disputa de egos, romances, relacionamentos conturbado entre famílias, dentro da família, com os empregados. Não faltam intrigas e dramas no roteiro desta série. Babado, discussão e gritaria de época e com muita classe!


A Idade Dourada é exibida às segundas-feiras às 23h na HBO. Entrando logo em seguida no catálogo da HBO Max. À altura da publicação deste texto, sete dos nove episódios da primeira temporada foram exibidos. E o segundo ano já fora confirmado.

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