Acreditando que derrotaram Dodge (Laysla De Oliveira), os irmãos Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emilia Jones) e Bode (Jackson Robert Scott) estão curtindo a vitória, e aproveitando as chaves mágicas que lhes restaram. Enquanto isso, Gabe (Griffin Gluck) e sua nova recruta Eden (Hallea Jones) seguem com seus planos maléficos.
É claro, aos poucos suas atitudes suspeitas, e os efeitos de seus planos começam a chamar a atenção e desestabilizar o cotidiano dos Locke, novamente movimentado a história. Desta vez, com a mitologia das chaves devidamente apresentada, é hora de mergulhar mais fundo e desenvolver narrativas que não tiveram muito espaço no ano anterior.
A começar pelo esquecimento da magia nos adultos, que começa a se tornar uma preocupação maior para Tyler. Uma vez que sua namorada Jackie (Genevieve Kang) começa a ter lapsos de memória conforme seu 18° aniversário se aproxima. Passando pela mãe, que por não "fazer parte da aventura" se sente afastada dos filhos, e recair ao alcoolismo. Entretanto é com o tio Duncan (Aaron Ashmore), que a temática se aprofunda, já que ele é atormentado pela falta de informação, e seu conhecimento pode ser crucial para o futuro. Outra cujo conhecimento pode ser útil, e tem sua jornada finalmente resgatada é Erin (Joy Tanner), presa em sua própria cabeça desde a juventude.
Como ponto negativo, a narrativa cheia de idas e vindas, volta e meia nos confunde sobre a posse e uso de algumas chaves. É inevitável tentar fazer uma listinha mental sobre quais chaves estão com quem. Já a atitude questionável de alguns personagens não pode ser sempre atribuída a inexperiência da adolescência. Como, por exemplo se preocupar com festas, quando há problemas maiores se desenrolando.
Os efeitos especiais continuam atendendo as necessidades da história com eficiência. O destaque da vez fica com a criativa casa de bonecas, que cria desafios e cenas criativas e surpreendentes, explorando ainda mais o belo cenário da casa Key. O design de produção continua caprichando no design das chaves, embora não traga nada de novo nos cenários, já que a história se mantém nas mesmas localidades do primeiro ano.
Entre o elenco, Jackson Robert Scott continua roubando a cena, e deixando apagados os intérpretes de seus irmãos. Aaron Ashmore faz bom uso do tempo extra de tela, representando bem a confusão de seu personagem. Enquanto Griffin Gluck, não consegue alcançar o equilíbrio da caricatura proposital, que Laysla De Oliveira entregou no ano anterior. Gabe não é nada sutil, mas também não entrega uma caricatura divertida ou interessante. Diferente de sua capanga vivida Hallea Jones essa sim, proposital e acertadamente exagerada, misturando vilania e comédia.
Com novas chaves, desafios criativos, um pouco de história, até uma discussão sobre magia com responsabilidade, a segunda temporada de Locke & Key encerra de forma satisfatória o arco de Dodge. O que não significa o fim da história, já que a série planta as sementes para a já confirmada terceira temporada. Que venham, mais chaves, aventura e magia!
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