Sete anos depois do fim do mundo, Joel (Dylan O'Brien) sobreviveu e vive bem com um grupo em um bunker ainda sim, se sente solitário. Quando consegue contato com sua namorada da adolescência Aimee (Jessica Henwick) , ele resolve ir de encontro a ela, atravessando 130 km, ou sete dias inteiros, na superfície, apesar de ficar paralisado de medo sempre que encara um dos monstros que agora dominam a Terra.
A jornada de Joel é bem simples, chegar do ponto A ao B. Seu objetivo é claro, embora meio clichê, um romance aparentemente impossível. Mesmo assim, esta produção distribuída pela Netflix consegue se destacar entre as produções do gênero, ao acertar no tom aventuresco, ritmo e desafios encontrados pelo caminho. Cria tensão e faz rir com a mesma facilidade, sem nunca destoar na transição entre este dois extremos. Construindo uma eficiente jornada de amadurecimento e auto descoberta.
Dylan O'Brien, que estrelou a trilogia Maze Runner, acerta não apenas nas cenas de ação, - onde na maior parte enfrenta monstros de CGI - mas também na complicada tarefa de carregar o filme praticamente sozinho. Michael Rooker e a excelente Ariana Greenblatt (a Gamorinha de Vingadores: Guerra Infinita) roubam a cena quando aparecem. Eu tranquilamente assistiria à uma série inteira estrelada por seus personagens Clyde e Minnow. Jessica Henwick e Dan Ewing completam de forma eficiente o elenco principal.
Um mundo apocalíptico povoado por insetos gigantes. Possibilidades de sequencias existem aos montes, seja com algum dos personagens já apresentados, seja com novos protagonistas neste mesmo mundo. Mas Amor e Monstros foi pensado como um filme solo, e funciona muito bem assim. Aventuras extras, seriam um bônus, desde que igualmente bem executadas.
Uma aventura, com ritmo e humor acertados, Amor e Monstros é um filme apocalíptico para toda a família (ok, a censura é 12 anos), no melhor dos sentidos. Cria tensão, diverte e empolga, além de trazer monstros excelentes. Uma feliz surpresa no catálogo da Netflix.
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