Jorge (Hassum) nunca gostou muito do Natal, já que faz aniversário na mesma data, e nunca conseguiu a atenção que achava que merecia. Após anos de rabugice natalina, ele cai do telhado na noite de Natal e acorda, no dia 24 de dezembro do natal seguinte. Preso no loop temporal da véspera e sem memórias do que fez no restante do ano, ele vai precisar aprender à valorizar a data.
O argumento de Tudo Bem No Natal Que Vem é criativo ao unir familiares clichés do cinema. A jornada de descoberta do que realmente é importante no estilo Scroodge, e o loop temporal no estilo dia da marmota, repleto de repetições enlouquecedoras para o personagem, e divertidas para o público. Além de retratar bem o natal brasileiro, em meio à dezenas de produções com natais norte americanos, com neve e tradições que não correspondem à nossa realidade. À exceção nessa abordagem fica por conta da lareira na casa, e das músicas natalinas em inglês (onde está o Então é Natal da Simone?).
Jorge, não pode solucionar seu dilema, apenas reagir à eles. O que é feito com piadas que podem ou não arrancar boas rizadas. Afinal, o humor é algo bastante particular, e o que funciona para uns, pode ser completamente sem graça para outros. Eu me incluo no segundo grupo, o humor de Hassum nunca funcionou bem comingo, mas tem seu apelo para muita gente.
O elenco nomes conhecidos, como Louise Cardoso e Danielle Winits, mas não traz grandes desafios para os atores. Enquanto a direção de arte na maioria das vezes acerta em recriar o natal de uma típica família brasileira ao longo dos anos. A identificação imediata com a casa e o cotidiano da véspera de natal é o grande acerto do longa.
Tudo Bem No Natal Que Vem
2020 - Brasil - 100min
Comédia
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