
Anos mais tarde Jack e Dina tem a oportunidade de se reencontrar, no casamento de Hayley (Eleanor Tomlinson) irmã dele e amiga dela. A partir daí a proposta é explorar as possibilidades de sucesso do casal, e de outros personagens, a partir da disposição de lugares na mesa durante a festa.
O problema é que a produção não explora de fato estas tais múltiplas possibilidades. Levando quase metade do filme apenas para situar as peças na mesa, quando de fato é hora de mostrar as diferentes variáveis a produção não tem tempo, e vontade de fazê-lo. As opções se limitam à duas, a versão que dá certo, e a mais catastrófica. As demais ficam relegadas à uma montagem rápida no meio da produção, e uma tentativa de humor durante os créditos.
O descarte da possibilidade de explorar diferentes versões do mesmo dia, à estilo de Feitiço do Tempo, não seria tão lamentado, se as duas opções mostradas fossem bem conduzidas. Entretanto estas se resumem a um amontoado de escolhas ruins, e motivações mal desenvolvidas.

Os demais personagens seguem este padrão, cada um preso aos seus estereótipos, a ex-irritante, a amiga esquisita, o solteirão inconveniente, e por aí vai. Alguns deles com perfis tão rasos que se limitam a repetir a mesma piada ao longo de toda a projeção. Como o convidado inseguro com o tamanho da genitália, e outro que não consegue ajustá-la em sua vestimenta. Observe aqui, uma obsessão desnecessária, e nada engraçada, com piadas sobre os órgãos sexuais masculinos.

Escolhas de direção, fotografia, figurino e trilha sonora entrega, apenas o básico do gênero. O que não é nenhum absurdo em se tratando de comédias românticas, um estilo que geralmente aposta mais em situações inusitadas e relações dos personagens, do que em estripulias técnicas. Entretanto, poderiam ser um atrativo extra em um roteiro pouco inspirado.

Um Amor, Mil Casamentos (Love Wedding Repeat)
2020 - Reino Unido, Itália - 100min
Comédia romântica
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