O maior problema da primeira temporada de Titãs é seu desfecho. A história é interrompida no meio da batalha clímax na tentativa de criar um desnecessário gancho para atrair o público para o ano dois. Apesar da falha não se repetir ao final da segunda temporada da série, ela foi suficiente para determinar o ritmo da história.
Com a resolução do grande embate do ano anterior como ponto de partida, é apenas no segundo episódio que de fato começamos a acompanhar a jornada desta temporada. Dick (Brenton Thwaite) reabre a sede dos Titãs em São Francisco, para dar lar e treinamento à Ravena (Teagan Croft), Mutano (Ryan Potter) e o rebelde Robin atual, Jason Todd (Curran Walters). Estelar (Anna Diop), Rapina (Alan Ritchson), Columba (Minka Kelly) e Dona (Conor Leslie) tentam seguir com suas vidas até que sejam obrigados a se reunir novamente.

Parece muita coisa? E é! Com muitos personagens, arcos e histórias de origem para apresentar, o segundo ano de Titãs tenta contar muitas histórias, e acaba não desenvolvendo bem nenhuma delas.
O foco continua sendo Dick, que precisa lidar os vilões, os antigos parceiros, a nova equipe, a relação com Bruce. A sobrecarga de responsabilidades é abordada de forma tradicional, com segredos, erros, escolhas ruins e até alucinações.
Os demais personagens entram e saem dos holofotes conforme o roteiro exige. Deixando evidente que a produção não descobriu como equilibrar tantos personagens e tramas. Todo mundo tem um dilema à superar, mas o desenvolvimento dos arcos é confuso e desencontrado.
Longos flashbacks, desvios para histórias paralelas que duram episódios inteiros, desaparecimentos e reaparecimentos de personagens, estão entre os recursos que enfraquecem o ritmo da história e o desenvolvimento dos arcos individuais. O que apenas fica mais inchado e arrastado com o grande número de episódios, 13 no total.
O elenco continua o bom trabalho do ano anterior, e as novas adições funcionam bem com os personagens já conhecidos. Os figurinos maravilhosamente espalhafatosos, também seguem no padrão de acertos do ano anterior. Já as cenas de ação não menos empolgantes, o que é curioso já que temos o dobro de heróis (e poderes) em cena.
O desfecho da temporada é menos apelativo que o ano anterior. Existem problemas a serem resolvidos e respostas a serem dada, mas nada tão irritante como encerrar a temporada no meio da luta. Alguém mais ficou com a sensação que o episódio um deste ano, Trigon, é na verdade o último da temporada anterior? Assim teríamos duas temporadas de 12 episódios, ao invés de 11 e 13. Fica o pensamento.

A segunda temporada de Titãs tem 13 episódios, a série é um projeto do serviço de streaming da DC, mas no Brasil os episódios são disponibilizados pela Netflix. Leia a crítica da 1ª temporada.
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