
Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin) continuam buscando um lar nos Estados Unidos tomados por zumbis. Mas dez anos se passaram e Little Rock, agora adulta, está cansada da rotina de sua família disfuncional e foge em busca de novas aventuras. Forçando o trio restante a pegar a estrada novamente, encontrando novos sobreviventes e enfrentando um tipo evoluído de zumbis.
Sim, o formato é praticamente o mesmo do filme original. É a presença de novos personagens e desafios que evita que Zumbilândia: Atire Duas Vezes seja uma mera repetição do longa anterior. Situações que hora são novas, mas muitas vezes brincam com o que fora estabelecido no primeiro filme. Agora a produção não faz piada apenas com o sub-gênero de zumbis, mas com o próprio universo. A intenção ainda é divertir, e reencontrar os personagens que nos conquistaram tão facilmente.
Harrelson, Eisenberg e Stone trazem de volta seus personagens exatamente como eram, o caipira bom em matar zumbis, o nerd ansioso e sistemático, e a garota durona que não deixa ninguém se aproximar. A diferença fica por conta de sua relação mais afiada após dez anos de convivência. É a personagem de Breslin quem mais mudou, saindo da pré-adolescência para a idade adulta. Apesar de sua mudança mover a trama, Little Rock é a mais apagada do elenco original, com um jeitinho aborrecido mais típico de uma adolescente, que de uma jovem adulta que ela alega ser. (Cada um amadurece em sem tempo, né!)

A direção de Ruben Fleischer, que também dirigiu o primeiro, é caprichada e eficaz nas cenas de ação. Estas são ágeis, compreensíveis e criativas. Com destaque para um plano sequencia de tirar o fôlego, e para a utilização massiva dos letreiros das regras. Os textos já apareciam no original, e aqui ganham ainda mais ousadia e interação com a trama.
De volta à trama, seu desenvolvimento é bastante previsível, a inserção a influência de Elvis soa forçada em alguns momentos. Mas o que é um filme de terrir, se não a forçação de elementos ao ponto do absurdo, para fazer o humor com isso. E o que Zumbilândia: Atire Duas Vezes perde em originalidade, ganha em 'nonsense' e na agilidade da narrativa. Já estamos familiarizados com o mundo zumbi, podemos ir direto à ação sem parar para explicar tudo. Aqueles que não acompanharam o primeiro, perdem sim algumas piadas, mas não ficam completamente à deriva, já que o tom é determinado e as principais regras são relembradas logo nos primeiros minutos de filme.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes não adiciona muita coisa ao universo, e nem pretendia. É uma produção criada assumidamente para quem gostou do primeiro filme, público e equipe, o elenco visivelmente está se divertindo com o reencontro. É como uma revisita a um lugar onde você se divertiu muito de férias uma década atrás, mas ao invés da de princesas e montanhas-russas, a diversão aqui é matar zumbis da forma mais divertida e inusitada possível.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes (Zombieland: Double Tap)
2019 - EUA - 99min
Terror, Comédia, Ação
P.S.: Tem cenas pós-créditos!
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