
Os mutantes não são mais vistos como ameaça pela humanidade. De fato, são tratados como heróis e até convocados pessoalmente pelo presidente dos Estados Unidos para salvar o dia. Em uma dessas missões, Jean Grey (Sophie Turner) absorve uma força mística, que a torna instável e absurdamente poderosa, tornando-a um risco para todos.
Já que a comparação com X-Men: Confronto Final é inevitável, vamos apontar longo a maior diferença entre as produções. Enquanto o filme de 2006 usava a saga da Fênix Negra como pano de fundo para o embate entre dois ideais mutantes distintos e o preconceito da sociedade, aqui o foco é a jornada de Jean. Ainda há tempo para questionar as visões de mundo dos líderes mutantes e da sociedade sem habilidades, mas estas estão ligadas às consequências do incidente com a moça. Há, inclusive, menos mutantes envolvidos, o que deve facilitar a compreensão do quem-é-quem para aqueles que não tem na bagagem um extenso conhecimento do universo vindo dos quadrinhos e animações.




Passando para as cenas de ação, estas são grandiosas e destrutivas, mas não parecem realmente causar danos. Situadas em locações isoladas, ou restritas não podemos ver o impacto das lutas na sociedade, que confeririam peso os eventos. Mesmo quando a ação se passa em um bairro de Nova York, não há grandes consequências para a destruição que os personagens deixam para trás. Apenas passamos para a preparação para a próxima sequencia de ação.
O uso dos poderes, também não é dos mais eficientes, à certa altura Noturno parece mais um serviço de uber, que aquele mutante capaz de quebrar a segurança da Casa Branca. Mas, tem seus momentos, como quando o mesmo Noturno percebe seu verdadeiro potencial, ou Magneto finalmente nota que absolutamente tudo à sua volta, armas, chão, teto, paredes, é de metal e resolve usar isso. No calor do momento, os equívocos só devem incomodar os muito exigentes.
O uso dos poderes, também não é dos mais eficientes, à certa altura Noturno parece mais um serviço de uber, que aquele mutante capaz de quebrar a segurança da Casa Branca. Mas, tem seus momentos, como quando o mesmo Noturno percebe seu verdadeiro potencial, ou Magneto finalmente nota que absolutamente tudo à sua volta, armas, chão, teto, paredes, é de metal e resolve usar isso. No calor do momento, os equívocos só devem incomodar os muito exigentes.
Os efeitos especiais são eficientes, e até surpreendem quando utilizado para dar vida aos cabelos da Fênix. Mas não vão além da qualidade esperada por um filme da franquia. Funcionam, assim como a maquiagem. Especialmente dos mutantes azuis, muito menos escondidos pela tintura. Já o mesmo não pode ser dito das perucas, é curioso perceber que cabelo digital pode ser mais realista que elas.

Vale lembrar, foram os X-Men, lá 2000 que mostraram que cinema de super-heróis era uma possibilidade. Mesmo com eventuais fracassos, e sua linha do tempo esquizofrênica (que admito, acho divertida a loucura) é uma franquia importante e adorada. É uma pena que não haja tempo para encerar essa fase com o a grandiosidade e brilho que este universo merece. Que venha o reboot da Marvel!
X-Men: Fênix Negra (Dark Phoenix)
2019 - EUA - 113min
Ação, Aventura, Ficção-científica
Leia as críticas de Primeira Classe, Dias de um Futuro Esquecido e Apocalipse.
إرسال تعليق