
Em uma Londres ainda abalada pela Grande Depressão, Mary Poppins (Emily Blunt) retorna à casa da família Banks, supostamente para tomar conta de Annabel (Pixie Davies), Georgie (Joel Dawson) e John (Nathanael Saleh). Mas, assim como o original são os adultos quem mais precisam da babá. Os irmãos Jane e Michael Banks (Emily Mortimer e Ben Whishaw) enfrentam dificuldades desde a morte da esposa de Michael, e a casa da família está em risco.
Apesar de ser praticamente perfeita em todos os sentidos, personagem título não dispensa ajuda em suas missões. Aqui ela conta com o apoio de Jack (Lin-Manuel Miranda), pupilo de Bert (Dick Van Dyke), para levar as crianças para aventuras em mundos animados, visitas a personagens únicos, e também para ter um gostinho de mundo real, com muita música dança e aprendizado.

Por outro lado, esta referência exagerada, torna impossível evitar a comparação. É aqui que a produção perde um pouco de seu brilho. Chega a ser injusto, comparar as boas canções e números musicais da produção atual, com os clássicos que sabemos de cor. A sensação é de que nenhuma canção é tão marcante quanto os que já conhecemos, e nenhum dos números se destaca ao ponto de continuar com você após a sessão. Tudo soa um pouco repetitivo, e pode decepcionar quem esperava algo à mais.



De volta ao filme, honestamente não sei se a molecada atual acostumada com CGI se encantará com os efeitos especiais deste longa, tão facilmente quanto nós encantamos com o original da era pré-computação gráfica. Potencial para tal as sequencias tem. Além disso, as cenas fazem uso bom uso de efeitos práticos, e quando não, emulam muito bem o estilo e atmosfera do primeiro filme com eficiência. O mesmo vale para figurino, fotografia e cenários, que nos transportam de volta ao número 17 da Rua das Cerejeiras com sucesso.
Fruto de seu tempo O Retorno de Mary Poppins, é aquela sequencia com gostinho de remake, semelhante à O Despertar da Força. A diferença aqui é que não há intenções claras de tentar estender a franquia. Não que isso não seja possível. Por hora, a produção cumpre aquilo à que se propôs, trazer a babá criada por P.L.Travers para novas gerações. E, principalmente, fisgar aqueles que já são fãs, através da nostalgia e reverência ao original.
O Retorno de Mary Poppins (Mary Poppins Returns)
2018 - EUA - 130min
Musical, Aventura, Fantasia
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