Livro vs Filme: Inferno

Há quem diga, que os livros de Dan Brown são quase roteiro. Que ao ler temos a sensação de que basta pegar e filmar, igualzinho está ali. Até as locações existem de verdade! Mas não é tão simples assim. é preciso condensar as mais de 400 páginas (na versão nacional), e infinitas pílulas de informação, em um blockbuster com cerca de duas horas de duração apenas.

Das três adaptações dos livros do autor para o cinema, Inferno é a que mais diverge do material original. Vamos descobrir que diferenças são essas e porque elas existem?

O ministério dos "spoilerfóbicos" informa: este post contém SPOILERS do livro e do filme!

Desprovido de suas roupas, seu relógio de Mickey Mouse e das memórias dos últimos dias, o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) acorda com um ferimento na cabeça, em um hospital em outro país, com apenas para descobrir que sua vida ainda corre perigo. Com ajuda da jovem Dra. Siena Brooks (Felicity Jones) , ele divide seu tempo entre fugir de seus misteriosos perseguidores, desvendar um mistério relacionado ao Inferno criado por Dante Alighieri em A Divina Comédia, e tentar compreender as macabras alucinações causadas pelo tal ferimento.

1 - As personagens
Dan Brown pode ser bastante caricato ao criar a aparência de seus personagens, assim, no livro a jovem Sienna é na verdade careca. Ela usa uma impecável peruca loira sempre presa em um rabo de cavalo, que esconde sua condição. No filme a história pregressa de Sienna que explica a calvice foi cortada (isso fica para outro tópico), logo não faria sentido a condição existir. Assim, a versão das telas da doutora ganhou as madeixas morenas de sua intérprete Felicity Jones.

Vayenta também é diferente. Nos livros usa roupa tática de couro e tem cabelos espetados. No filme anda disfarçada de policial, e seus cabelos compridos ficam presos sob o capacete. Esta mudança é fácil de entender, se quer ter autoridade para entrar em diferentes locais e não chamar muita atenção que tal ser uma policial?

Outra que ganhou novo visual é Elizabeth Sinskey. A diretora da OMS deveria ser uma elegante senhora de belos cabelos grisalhos, que nas visões de Langdon pareceriam mais assustadores em meio às torturas do Inferno de Dante. Mas no filme ela ganhou os traços mais jovens e o cabelo escuro de Sidse Babett Knudsen (Westworld). Nas visões seu rosto aparece coberto por um fantasmagórico véu. A mudança, quem diria, foi feita para incluir uma narrativa que não tem no livro...

2 - Robert Langdon e Sidse Babett Knudsen
Originalmente nosso protagonista só conhece a diretora da Organização Mundial de Saúde quando esta vem pedir sua ajuda. Mas, no filme a dupla não apenas se conhecia, mas tinha um romance mal resolvido. Separados por suas carreiras. Aparentemente depois de dois filmes, os produtores decidiram que Robert Langdon não poderia ser um solteirão, ou deixar seus relacionamentos fora de aventuras de 24 horas de duração nas quais ele é forçado a entrar. Coisas de Hollywood!

3 - 'il Duomino'
Ignazio Busoni o diretor da Basílica de Santa Maria del Fiore, também conhecida como o Duomo tem sua aparição adiantada. No filme ele dá uma mensagem à Langdon em uma de suas visões. No livro, seu envolvimento só é descoberto quando Robert e Sienna investigam pistas Palazzo Vecchio .

O destino de 'il Duomino', como o diretor é chamado também é diferente. Enquanto no filme ele aparece apenas nas visões e em um certo vídeo de segurança. No livro ele é morto tentando proteger um artefato. Todas essas mudanças tem um objetivo claro, encurtar a jornada.

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4- Caminhos mais curtos
Toda a jornada no livro é mais longa e detalhada. Passamos bastante tempo com os personagens em cada locação, e aprendemos um pouco sobre elas no processo. No filme eles passam pela maioria, mas sem tempo para pausas. Na correria, o interior do Palazzo Pitti, Gruta de Buontalenti e o Museu Casa di Dante ficaram de fora da jornada. Até as charadas e as mensagens deixadas pelo vilão foram diminuídas e simplificadas para servir melhor ao formato blockbuster.

5 - Vira casaca
O personagem de Omar Sy, Christoph Brüder, chefe da equipe da OMS é uma boa pessoa. Até arrisca a própria vida, se expondo a um suposto vírus mortal para um bem maior. No filme, no entanto, o agente acumula funções. Ele pega parte da trama de um personagem excluído, Jonathan Ferris. E depois a abandona, apenas para trair à todos e tentar vender o patógeno para quem pagar mais, uma ameaça possível no livro mas que nunca é de fato real.

6 - Jonathan Ferris
E por falar em Ferris, este foi cortado sem dó nem piedade. Originalmente ele apresenta feridas na pele que lembram à personagens e leitores o perigo iminente de uma peste. E ajuda Robert e Sienna a fugirem de Florença, antes de ser tido como suspeito pela dupla e abandonado em uma crise em Veneza.

No filme seu papel é dividido. Brüder ajuda na fuga, enquanto o próprio Langdon apresenta feridas preocupantes na pele. Com o objetivo claro de diminuir o número de personagens.

7 - Scooter vs Fiat
Quando encurralados no apartamento de Sienna, a dupla de protagonistas foge pelo estacionamento em uma Scooter. Imaginar o sisudo professor na garupa de uma "motinha" é parte da diversão deste capítulo. Mas no livro o veículo é substituído por uma propaganda da Fiat um carro.

E que curioso, aparentemente podemos alugar os carros em Florença igual fazemos com bicicletas por aqui, com um simples cartão. Alguém aí sabe dizer se esse serviço existe mesmo, ou é atalho para o filme. Caso não tenha notado minha pista sutil, a mudança é claro foi inclusão de marketing.

8 - Cadê a máscara!
Se você é um expectador detalhista deve ter sentido falta da máscara mortuária de Dante Alighieri, quando os personagens chegam à Veneza. Será possível eles se arriscaram a andar por aí com uma relíquia de gesso no bolso em uma cidade cercada por água?

No final do filme Robert devolve a máscara para o museu à que ela pertence, mas onde ela estava nesse meio tempo? Aparentemente na correria o roteiro não teve tempo de dizer que os personagem à guardaram em um armário alugado na estação de trem. Eu que li o livro, deduzi que eles tenham feito o mesmo no filme. Mas e você o que pensou?

9 - FS2080
Isso foi completamente ignorado no filme, mas é muito interessante. FS2080 é o codinome de um personagem no livro. E para explicar o sentido do codinome um dos personagens manda pesquisar no Google "FM2030". E você realmente pode fazer esta pesquisa!

Você vai descobrir que FM2030 é como é conhecido entre os simpatizantes, o um escritor de ficção científica e futurologia, filósofo transumanista, professor, consultor e atleta naturalizado americano, com raízes iranianas Fereidoun M. Esfandiary. E sua vida tem muito em comum com os temas do livro.

10 - O vírus
De longe a mudança mais radical do roteiro é seu desfecho positivo. Depois de uma luta intensa e uma explosão obrigatória em clímax de filme, o vírus é contido, o mundo é salvo. Tudo fica bem. Nas páginas a caçada é em vão, e o patógeno já foi liberado há dias. É aqui que muitos expectadores ficaram confusos.

O grande vilão Bertrand Zobrist argumenta que a superpopulação é o fim da humanidade. Se quisermos sobreviver como espécie deveríamos diminuir o número de pessoas no planeta. Mas, seu vírus letal não liberado no filme exterminaria a humanidade, o que iria de encontro com seu discurso de salvar a espécie. Não faz muito sentido.

Então se no livro o vírus foi liberado todos vão morrer? É o último livro com o personagem porque o mundo acabou? Não. O vírus é diferente na versão original. Ele não causa uma doença mortal, mas causa uma mutação nos genes, que tornaria um terço da população mundial estéril. E manteria nas gerações seguintes esse "controle de natalidade". O vilão estava anos-luz à frente de seus colegas da ficção e do mundo real. Contudo, seu plano é muito mais coerente nas páginas que na tela. Diminuir a população e salvar a espécie, não dizima-la.

11 - Sienna
Pegando carona nessas mudanças a Sienna das telas, além de não ter os distúrbios psicológicos que a deixam careca no livro, concorda com os métodos de seu mentos/namorado. E morre na luta intensa seguida explosão obrigatória em clímax de filme, tentando liberar o vírus.

No livro, a moça entende a preocupação com o futuro da humanidade mas não concorda com os métodos radicais de Zobrist. Ela também está usando Langdon para achar o vírus, mas sua intenção é destruí-lo. A moça receia que outras pessoas também usem a tecnologia de forma errada. Como é "do bem", no livro ela sobrevive e se une à diretora da OMS, para encontrar uma solução para o problema causado pelo seu mentor.

Aliais, como acontece com o monge Albino Silas (Paul Bettany) em O Código Da Vinci, e com o Carmelengo (Paul Bettany) em Anjos e Demônios. Sienna tem uma história de origem longa e complexa no livro, que foi completamente suprimida no filme. Não dá tempo de contar tudo!
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Mais divergente do que a maioria esperava. Inferno perdeu em coerência quando virou filme. Mas, o cerne continua o mesmo. Assim como a maioria das mudanças são escolhas comuns à uma adaptação: reduzir, tornar mais simples, fazer funcionar melhor na tela.

Leia as resenhas de Inferno, livro e filme. Ou relembre Anjos e Demônios, o filme e outros posts da série Livro vs Filme.

11 Comentários

  1. Olá, Fabiane.
    Antes de mais nada, eu gostaria de parabenizá-la pelo blog. A cada dia tem sido mais difícil encontrar conteúdo de qualidade na internet, especialmente quando se trata de expor opinião. Como você tem mostrado em seus textos, uma das regras de ouro que deveriam ser seguidas ao opinar publicamente é procurar ter uma visão positiva acerca daquilo que se comenta, mesmo quando um ou outro aspecto da coisa analisada desagrada. Respeitar o trabalho de quem produziu a obra comentada é essencial, bem como procurar não ofender a opinião de quem gostou ou não.
    Bem, sou uma grande admiradora do professor Robert Langdon. Certamente contribui para isso a simpatia que tenho pelo ator Tom Hanks. Assisti às adaptações de "O Código da Vinci" e de "Anjos e Demônios" (não li os livros) e fiquei apaixonada pelo contexto das tramas, que envolvem profundos mistérios que afetam não uma pessoa, mas toda uma coletividade, desenvolvidos em magníficos cenários que fazem parte da nossa evolução social. Penso que o maior mérito do autor Dan Brown é nos fazer considerar seriamente questões relevantes da nossa vida enquanto civilização (em termos históricos) e espécie (em termos de sobrevivência).
    Depois de conferir os dois filmes, fiz questão de ler "Inferno" assim que foi lançado, e gostei bastante da narrativa. Apesar de Brown ser extremamente descritivo, o suposto "excesso" de informação não é gratuito e nem enrolação: ele dificilmente deixa algo sem explicar, e nos "inunda" de conhecimentos. Quando fiquei sabendo que o filme estava sendo produzido, vivenciei imediatamente uma grande ansiedade pelo lançamento. Afinal, é muito mais fácil "ver" cenários e objetos do que "imaginá-los". Talvez por isso tanta gente prefira esperar pelo filme do que ler o livro.
    Como a adaptação de "Inferno" mostrou, quem não leu o livro perdeu bastante. Na realidade, é quase como se o livro tivesse apenas servido de inspiração em linhas gerais para os roteiristas. Eles mantiveram alguns cenários, a maioria dos personagens (mesmo alguns deles sendo oportunamente modificados), e decidiram abordar especificamente a problemática do crescimento exponencial da população humana diante dos recursos cada vez mais limitados do planeta.
    Eu apreciei a inversão da dinâmica dos fatos, quando a história começa com a amnésia recente de Landgon. Desta forma, ele e nós, espectadores, vamos descobrindo o que sucedeu para colocá-lo em tamanha dificuldade. Ao mesmo tempo, certos personagens vão se transformando aos olhos de todos, deixando de ser o que aparentemente eram no começo e se tornando algo bem distinto. Genial.
    Você foi uma das poucas revisionistas a destacarem a modificação da personagem Elizabeth Sinskey, na minha opinião a surpresa mais bem-vinda de todas. Depois de ver os 2 primeiros filmes, não pude deixar de sentir uma certa melancolia ao notar que Landgon, o mais próximo que temos hoje de um herói romântico tradicional, jamais tinha o seu interesse despertado por uma mulher, dentre as tantas figuras femininas valorosas com as quais deparava.
    "Inferno" trouxe a explicação. Ele não se envolve romanticamente porque, tal como aconteceu com Dante Alighieri diante de Beatriz Portinari, seu coração pertence à Elizabeth desde que a conheceu e amou no passado. E o reencontro dos dois, além de transparecer claramente que o amor continua vivo (a atriz dinamarquesa Sidse Babett Knudsen tem uma expressividade incrível, alternando a obstinação profissional com a bondade diante do próximo e a preocupação e ternura dedicadas a Langdon), explicou que abdicaram do convívio a dois em nome de missões que acabaram se tornando importantes não apenas para ambos individualmente, mas para a humanidade. Um simbologista e uma médica lutando em diferentes países pelo bem de todos.
    Enfim, como parece ter ocorrido com você, embora seja bem diferente da sua obra escrita inspiradora, "Inferno" (o filme) me agradou bastante.

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  2. Olá alph@br,

    Que bom que gostou da minha abordagem, você basicamente descreveu o que tento fazer (talvez não consiga sempre), dar minha opinião sem deixar de ter a mente aberta para outros pontos de vista, e sendo respeitosa com todos eles.

    No caso das comparações "livro vs filme" é um exercício de olhar (talvez mais para mim do que para os leitores). Tentar entender como cada mídia conta a mesma história.

    Se você gosta da atriz Sidse Babett Knudsen devia mesmo acompanhá-la em Westworld (série da HBO, ela está ótima lá). Já quanto ao romance, devo estragar seu conto de fadas, embora no filme seja verossímil.

    Eu li os livos, e Langdon tem uma tendência de se envolver com suas acompanhantes de aventuras, com umas mais que outras. Não é que ele seja um solteirão, um mulherengo, ou esteja esperando por "aquela pessoa", a impressão que tenho é que ele está curtindo a vida, se algo mais importante acontecer talvez vejamos nos livros, talvez não. Fica à cargo da imaginação do leitor.

    Mas vamos discutir mais isso: como Dan Brown lida com o futuro de Langdon? O coitado só aparece de vez em quando em uma aventura de curta duração (parece até o Jack Bauer, rs).

    E independente da minha visão crítica, geralmente me divirto muito com as aventuras do simbologista.

    Volte sempre para futuras discussões, são comentários como o seu que fazem tudo valer a pena.

    Obrigada pela vista! ;)

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  3. Fabiane,
    É sempre um prazer participar quando a discussão se sustenta nos melhores termos e intenções.
    Pobre conto de fadas. Quer dizer que paguei o preço de não ter lido os 2 primeiros livros protagonizados pelo professor Langdon. Vendo os filmes, realmente ficou nítida para mim a melancólica impressão de que ele, mesmo sendo um cara cheio de coisas boas para compartilhar, preferia não se envolver com a mulherada. E então, no filme "Inferno", chega a Elizabeth e tudo faz o maior sentido.
    Eu não conhecia o trabalho da Sidse Babett Knudsen. O desempenho dela foi tão envolvente que me surpreendeu, coisa rara de acontecer. Tanto que procurei outras de suas atuações para conferir, encontrando dois filmes simples (entenda: fora do padrão hollywoodiano), embora de alto nível, que ressaltam diversas de suas qualidades interpretativas: "Depois do Casamento" (Dinamarca, 2006) e "A Corte" (França, 2015). Me falaram de uma série dinamarquesa chamada "Borgen" que ela protagonizou de 2010 a 2012, mas ando saturada da temática política ultimamente, de modo que ainda não me animei a ver. Quanto a "Westworld", sou fãzona do Anthony Hopkins e pretendo assisti-la assim que a primeira temporada estiver concluída.
    Gosto muito de filmes, séries e livros, preferindo a vertente do drama à da comédia (especialmente quando se trata da comédia norte-americana, que repetidamente se volta ao mau gosto). Procuro me divertir com a maioria das obras conferidas, mas faz parte da minha natureza buscar sempre algo com que me identifique, algo em que eu acredite. E acreditei pra valer no Langdon do Tom Hanks.
    O futuro do personagem a Dan Brown pertence. Ouvi dizer que ele está preparando o quinto livro, que deverá se chamar "Origin". Conhecendo-me, certamente estarei na fila para comprar a obra e lê-la assim que o lançamento ocorrer, ao que tudo indica no final de 2017: "Origin joga o simbologista Robert Langdon num cruzamento perigoso entre duas das questões mais complexas da humanidade e a descoberta de tremer o chão que irá respondê-las", diz a nota da editora Arqueiro.
    Para concluir, alternando um pouquinho o tema... Dei uma olhada nos seus comentários sobre os filmes da série "Jogos Vorazes" e apreciei bastante. Pouca gente se deu ao trabalho de discutir não apenas a relevância daquela obra como um todo, como também as poucas diferenças entre livros e filmes. Ali, claramente houve uma grande preocupação em preservar o máximo possível da obra original. E penso que a atuação notável da Jennifer Lawrence compensou o velho problema da diferença do ponto de vista da narrativa. Se nos livros Katniss nos contava não apenas o que acontecia, mas como se sentia diante dos acontecimentos, Lawrence conseguia transmitir, em seu rosto e em seu olhar quase sempre tão sério, obstinado e tristonho, todos os conflituosos sentimentos que se apossavam da Garota em Chamas a cada instante. Apesar de teoricamente ser uma história voltada à juventude, não houve adulto que assistisse e não ficasse completamente impactado. A luta dos Distritos contra Panem, figurativamente, vem acontecendo desde que o mundo é mundo, e o grande problema é que, quando os Distritos vencem, de repente se veem com o almejado poder nas mãos e não sabem o que fazer com ele. Às vezes penso que o ser humano é incompatível com o poder. Não há quem não se deixe seduzir por ele que não se corrompa, vide o nosso noticiário político nacional.

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  4. Gostei muito desse texto, acho que explica bem as diferenças. Fiquei bastante chateada com as mudanças feitas, pois acho que o livro foi tão bem trabalhado e o filme simplesmente me passa a impressão de ter sido feito às pressas, para cumprir uma obrigação. Eu entendo completamente o fato de que não devemos esperar que um filme seja o retrato do livro, contudo, Anjos e Demônios teve diversas adaptações e cortes ao longo do filme e ficou muito bom. Inferno, a meu ver, não teve a mesma sorte, e parece ter sido recortado da pior maneira possível. Acredito que o diretor tenha bons motivos para fazer o que fez, mas uma história que tanto nos acrescenta após a leitura, que nos traz uma reflexão tão importante, poderia ter sido muito melhor aproveitada.

    E, para finalizar, apenas uma pequena mudança deveria ser feita no post, pois no número 5 fala que o Omar Sy é Christoph Brüder, mas na verdade tanto o Brüder quanto o Ferris não aparecem no filme. Omar Sy, no filme, é o agente Brouchard (acho que é a maneira correta de escrever o sobrenome do personagem). Espero ter acrescentado/ajudado à discussão.

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  5. Olá alph@br,
    Eu gosto de tudo um pouco e procuro manter a mente aberta (vai que um besteirol 'estadunidense' um dia surpreende), a parte complicada é que não conseguimos ver tudo que queremos, como estes filmes da Sidse que entraram na minha lista. Vai saber quando vou poder assistir.

    Quanto à Jogos Vorazes, gosto bastante das duas versões, apesar de não ter apreciado muito o tom do encerramento do filme. Eles não poderiam acertar tudo né! Vamos continuar estas discussões empolgantes! ;)

    Olá Esmeralda,
    Grata pela correção. É muita referência e nomes, para um cérebro só! RS - Quanto as adaptações, o primeiro filme ainda é meu favorito. Gosto do tempo que ele toma para explicar as coisas, infelizmente a maioria considera o tom arrastado. Já entre os livros prefiro Anjos e Demônios, embora Inferno traga uma impressionante visão bem realista do mundo superpopuloso e caótico em que vivemos. E sim, você acrescentou conteúdo à discussão.

    Grata à ambas pela visita, vamos continuar esse bate-papo e levá-lo à outros temas?

    Abraços!

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  6. No filme, no final... que objecto ele manda para o chão? quando entrega a máscara? não entendi....

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  7. Eita Sofia, já faz um tempo. Só revendo para lembrar, prometo tentar descobrir quando sair em home-vídeo.

    Grata pela visita...

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  8. Sofia, parece ser o crachã da funcionaria que estava gravida, esqueci o nome dela....

    Excelente Post Fabiana, esse era o único livro que não tinha lido e estava curioso...

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  9. Opa, valeu pela ajuda caro anônimo!

    E que bom que gostou do post. Leia o livro se puder, tem uma visão diferente do filme. É legal comparar!

    Obrigada pela visita ;)

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  10. Achei interessante essa característica de redenção que você encontrou nos "vilões". No entanto, embora se aplique a Silas e Siena, não creio que valha para o camerlengo, que, aliás, foi interpretado por Ewan McGregor. Esse personagem não se suicida em busca de redenção, e sim, por arrogância absoluta. Tanto é que ele comete o mais extremo pecado dentro da Capela Sistina, uma dupla afronta. Meus parabéns pelo seu trabalho, ficou ótimo e me deu vontade de reler o livro.

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  11. Realmente, também acho que o Carmelengo buscava fuga, não redenção, no final de sua jornada. O que percebo em comum nos vilões da série, é sua complexidade. Nos livros o Carmelengo é infinitamente mais complexo que o personagem vivido por McGregor, cujo passado nunca é explorado. Não tinha pensado na dupla afronta, percepção excelente. Que bom que gostou do trabalho, depois me conte como foi sua releitura! Até breve.

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