Um filme de assalto com comédia que pouca gente ouviu falar nos tempos de hoje, mas que em sua época deve ter sido o queridinho de alguns. Essa é uma boa descrição de O Mistério na Torre, filme de Charles Critchton estrelado por Alec Guinness (o Obi-Wan "original").
Holland (Guinness) é um pacato funcionário de banco que acompanha o transporte de barras de ouro. Quando Pendlebury (Stanley Holloway), o dono de uma fábrica de souvenires se muda para seu prédio ele tem uma brilhante ideia: roubar as barras de ouro, e contrabandeá-las para fora do país em forma de réplicas da Torre Eiffel.
A partir daí o roteiro segue uma fórmula bem conhecida de filmes de assalto, a elaboração do plano, a seleção da equipe, e a execução do plano. É nesse último passo que a comédia se faz presente, já que apesar do plano afinado, muita coisa da errado no processo, e os personagens precisam improvisar conforme os desafios surgem. O que inclui uma perseguição psicodélica pelas escadarias da Torre Eiffel, o extravio de algumas estatuetas pelas mãos de estudantes britânicas, e até uma perseguição que beira a comédia pastelão.
Um retrato de sua época, incluindo uma Londres ainda em obras pós Segunda Guerra Mundial, o filme em preto e branco tem o ritmo e linguagem características do período, o filme é de 1951. O que pode afastar quem não está acostumado com coisas diferentes. Mas para quem estiver disposto, o ritmo é crescente, bem como as trapalhadas dos ladrões, culminando nas sequencias de perseguição frenéticas e divertidas que mencionei anteriormente.
Uma curiosidade interessante para brasileiros, o filme começa e termina no Rio de Janeiro, onde Holland narra sua grande façanha como ladrão. Já os cinéfilos mais atentos, vão reconhecer uma Audrey Hepburn em início de carreira, também na sequencia carioca.
O filme em que Obi-Wan assalta um banco. Digam o que quiserem, é assim que vou lembrar de O Mistério da Torre. Não diria que é um filme indispensável para todo amante do cinema, mas gastar um tempo acompanhando sua 1h20 de duração, não é nem de longe uma perda de tempo. Uma comédia divertida, e curiosa que podia ser mais conhecida do público.
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O Projeto 1001, é um desafio cinéfilo que está rolando aqui no blog e em meu TikTok. Nele eu tento assistir as produções listadas no livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer de Steven Jay Schneider. Sempre deixando minhas impressões, apontando detalhes e curiosidades.
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