Hey, tem alguém aí ainda acompanhando The Walking Dead? Dividida em três partes, e exibida exclusivamente no Star+, a última temporada da série de zumbis mais popular da última década, não está recebendo a atenção que merece. A segunda leva de episódios do décimo primeiro ano, já terminou de ser exibida pelo streaming. É hora daquela tradicional análise da evolução até aqui.
Partindo exatamente do ponto em que parou antes do hiato, a primeira impressão é que o primeiro episódio liberado, intitulado No Other Way, deveria ser o ultimo da primeira leva. Isto porquê, ele existe apenas para encerrar os arcos dos Reapers (ou Ceifadores), e da invasão de Alexandria. Deixando o grupo pronto para o próximo arco, a Commonwealth.
Com Hilltop e Alexandria destruída, o grupo não vê outra opção a não ser estreitar relações com esta bem sucedida comunidade descoberta por Eugene, Ezequiel, Yumiko e Princesa. E assim, o décimo episódio New Haunts, situa os personagens semanas depois, tentando se adaptar a nova vida em uma sociedade muito parecida com o mundo pré-apocalipse. Parecida para o bem, e para o mal!
O roteiro faz isso, distribuindo as descobertas entre os personagens conhecidos, conforme nos apresentam seu novo cotidiano. O que também nos permite ver o funcionamento desta comunidade em seus vários setores, e conhecer muitos de seus moradores. Do filho de político que abusa de sua posição, passando pelo líder militar cheio de ideais a serem desafiados, até o médico que se sente insuficiente diante da precariedade do pós apocalipse.
Criando um quadro mais complexo, que o já visto em outras comunidades apresentadas na série. Desta vez, nem todos são inimigos. De fato, muitos são apenas inocentes tentando viver sua vida enquanto reféns do sistema. Fora da segurança desta sociedade, Maggie tenta reconstruir Hill Top, enquanto se recusa a acreditar nas promessas da nova comunidade. Nos mostrando o modus operandi da Commonwealth com aqueles que não os aceita facilmente. Bem como as segundas intenções por trás de suas propostas.
Esta divisão de núcleos que fazem pequenas descobertas trazem dinamismo para o roteiro. Funciona como um grande quebra-cabeças que, temos certeza, será montado e enfrentado cedo ou tarde, pelo grupo que conhecemos ao longo de uma década. O que de fato acontece. Nestes episódios centrais da temporada, o grupo compreende sua nova situação, absorve e compartilha informações, que os deixam no limiar da batalha, tanto dentro quanto fora dos muros da nova comunidade.
É o desenvolvimento individual dos personagens que acaba perdendo espaço para a construção do conflito. Uma vez, que o roteiro vai dar atenção àqueles cujo arco vai acrescentar mais detalhes a trama principal. Assim, Eugene, Maggie e Negan são os únicos que realmente crescem nestes episódios. Os demais servem de ferramentas para o desenvolvimento da trama como Connie e Aaron. E alguns pouco são vistos como Judith e Yumiko. À certa altura, é inevitável se perguntar, por onde anda determinado personagem. Ou mesmo recordar onde alguns deles escolheram ficar.
Ainda com ritmo excelente e sem fillers (aqueles episódios que pouco evoluem a história, e existem apenas para fazer volume), esta segunda parte (de três) da temporada final de The Walking Dead, mantém a qualidade de seus episódios iniciais. Além de construir muito bem o cenário para o grande desfecho da produção. Apresenta a nova comunidade, seu cotidiano, conflitos e problemas. Situa nossos personagens neste novo contexto, e dá a eles, conhecimento para avançar. O resultado? Queremos ver o que vai acontecer o mais rápido possível!
Leia também a análise da primeira parte da 11ª primeira temporada.
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