Anna (Kristen Bell) é uma artista presa em uma rotina de bebida, remédio e alucinações após a morte da filha. Seu cotidiano se altera quando um belo viúvo e sua filinha se mudam para a casa da frente. Obcecada pela família, ela acaba testemunhando um ato violento pela janela de seus novos vizinhos, mas não há outros indícios do ocorrido, o que leva a protagonista a duvidar de sua sanidade.
Uma narradora nada confiável, ao ponto de desconfiar de si mesma em alguns momentos, com saúde mental precária, e uma obsessão absurda são os elementos que diferenciam a série de seus pares. Enquanto Anna busca a verdade, sua investigação toma rumos inesperados, esquisitos e por vezes nada realistas já que incluem desejos e alucinações da protagonista. Além de detalhes incomuns espalhados por seu cotidiano, como o faz tudo que trabalha eternamente na mesma tarefa, as infinitas caçarolas que a personagem possui, a vizinha chata cujo marido supra citado nunca dás as caras, ou mesmo as inscrições na lápide de Elizabeth que sempre mudam.
Kirsten Bell acerta no tom satírico ao construir uma personagem que gera empatia e desconfiança na mesma medida. Torcemos por Anna, mas não confiamos em tudo que ela acredita ser verdade. O restante do elenco acompanha, fornecendo com eficiência a ambiguidade que a história precisa para nos manter alerta. Estão em cena Tom Riley, Cameron Britton, Mary Holland, Michael Ealy, Benjamin Levy Aguilar, Christina Anthony, Shelley Hennig e Samsara Leela Yett.
Com apenas oito episódios com cerca de trinta minutos cada, a série não perde tempo, entregando novas pistas (corretas, ou não), e consequências para a investigação obsessiva da protagonista. Equilibrando bem o perigo e humor sarcástico, não perde nunca o interesse do espectador, uma maratona é quase inevitável.
A Vizinha da Mulher na Janela tem oito episódios com cerca de trinta minutos cada, e todos já estão disponíveis na Netflix.
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