A Escavação
Baseado no livro de John Preston, que por sua vez é inspirado na história real de Basil Brown (Ralph Fiennes). Escavador contratado pela viúva Edith Pretty (Carey Mulligan) para escavar misteriosas formações em suas terras, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Com um ritmo lento e contemplativo, a produção concentra sua primeira metade no trabalho de Basil, e sua relação com Edith e o filho pequeno dela. Das discussões sobre escavação, passando pela doença dela, o casamento aparentemente em risco dele, e a figura paterna que este se torna para o pequeno Robert (Archie Barnes). Sempre com uma bela fotografia e metáforas escondidas, como o soterramento dele, e o enfraquecimento dela, fazendo referência a seu apagamento de sua importância na descoberta de Sutton Hoo, considerada a maior e mais lucrativa descoberta arqueológica do Reino Unido.
A partir da segunda metade, o foco da trama se perde com a chegada da equipe do Museu Britânico, empenhada em tomar o achado para si. Feito que de fato, alcançou. Pouco do empasse entre a proprietária das terras de o arqueólogo responsável, Charles Phillips (Ken Stott), enquanto a trama abre espaço para a ameaça da iminente guerra, e na história de Margaret Piggott (Lily James).
Ainda sim, o roteiro consegue fazer um trabalho eficiente em informar. Apresentar a descoberta, os envolvidos, além da forma e momento incomuns em que estas peças são apresentadas ao mundo. Embora pouco vejamos os artefatos, as imagens se focam mais no navio, sua frágil impressão na areia, representando ao mesmo tempo a importância e força do passado, e a facilidade com que este pode se perder.
O elenco experiente é eficiente, especialmente em transmitir os sentimentos não ditos, que o roteiro embute em suas cenas. Entretanto a escalação de Carey Mulligan, que precisou ser envelhecida para o papel cause estranheza, e tenha recebido muitas críticas, independente o bom trabalho da moça. O papel originalmente seria de Nicole Kidman.
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