 Desde que foi apresentada em 2013 no excelente Invocação do Mal, Annabelle já protagonizou duas "aventuras" solo. Ambas passadas antes de sua captura pelos Warren, quando a boneca podia aterrorizar livremente por aí. Annabelle 3: De Volta Para Casa surpreendentemente opta por retornar ao tempo dos demonólogos, mostrando que mesmo a contenção cuidadosa da dupla não é livre de falhas, especialmente quando há jovens envolvidos.
Desde que foi apresentada em 2013 no excelente Invocação do Mal, Annabelle já protagonizou duas "aventuras" solo. Ambas passadas antes de sua captura pelos Warren, quando a boneca podia aterrorizar livremente por aí. Annabelle 3: De Volta Para Casa surpreendentemente opta por retornar ao tempo dos demonólogos, mostrando que mesmo a contenção cuidadosa da dupla não é livre de falhas, especialmente quando há jovens envolvidos.
Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) precisam se ausentar de casa por uma noite. Eles deixam a filha Judy (McKenna Grace) sob os cuidados da atenciosa babá Mary Ellen (Madison Iseman) e sua amiga intrometida Daniela (Katie Sarife). Se aproveitando da inexperiência das meninas e da ausência dos demonólogos, Annabelle resolve brincar, não apenas com as garotas, mas com toda a população de entidades e artefatos guardados na casa.
É no Museu de Ocultismo dos Warren que está a grande aposta do filme. Seus artefatos e casos, são incorporados à trama, estendendo as formas de aterrorizar da produção, e principalmente, apresentado uma dezena de potenciais novas entidades passíveis de ganhar seus próprios longas. Algumas delas, como a TV, o Samurai e as Moedas do Barqueiro, bastante interessantes, ouso dizer. Infelizmente pouco destes artefatos é explorado, além de sua mera assombração. Seja para guardar suas histórias para o futuro, seja para não perder o foco em sua protagonista. Assim, estas entidades estão lá mas não dizem muito à que vieram, apenas aumentam a quantidade de ameaças às garotas.
Já as meninas são muito bem apresentadas. Provavelmente até demais para aqueles que esperam por sustos e ameaças constantes. O roteiro gasta o tempo que precisa para construir as personalidades e pequenos arcos de cada uma delas. Desde a babá certinha, que precisa aprender a se arriscar, passando pela adolescente aparentemente irresponsável que causa todo o problema, até a interessante filha dos Warren. Fugindo do estereótipo de crianças despreparadas e ingênuas dos filmes de Terror, e por ser filha de quem é, Judy entende o universo em que está inserida e até tem alguns recursos para enfrentar as ameças.
 Mckenna Grace, que apesar da pouca idade já tem bastante experiência em cena, compreende o sentimento de solidão da menina que se sente diferente, e que é agravado pela rejeição dos colegas de escola, quando estes descobrem o trabalho de seus pais. Katie Sarife é competente em apresentar uma adolescente que age de forma irritante e inconsequente para mascarar um trauma. Madison Iseman não tem muito a oferecer à sua garota certinha além de caras e bocas, mas consegue acompanhar o carisma da dupla com quem contracena.
Mckenna Grace, que apesar da pouca idade já tem bastante experiência em cena, compreende o sentimento de solidão da menina que se sente diferente, e que é agravado pela rejeição dos colegas de escola, quando estes descobrem o trabalho de seus pais. Katie Sarife é competente em apresentar uma adolescente que age de forma irritante e inconsequente para mascarar um trauma. Madison Iseman não tem muito a oferecer à sua garota certinha além de caras e bocas, mas consegue acompanhar o carisma da dupla com quem contracena.
É esta construção mais caprichada das personagens, que já estava presente no filme anterior, que mantém o expectador interessado e torna mais envolvente a jornada tradicional por qual as garotas passam. Elas estão presas em uma casa cheia de entidades, simples assim. Mas o caminho até este ponto é um pouco mais longo do que a maioria das produções do gênero se permitem fazer. 
É claro, para chegar ao ponto da ameça total, é preciso que em alguns momentos as garotas ajam como típicos personagens descuidados de terror, fazendo escolhas pouco inteligentes e ignorando sinais de que algo está errado por mais tempo que humanos da vida real. Nada que não seja esperado do gênero, ou que prejudique a construção anterior. E que é compensado pela crescente de tensão, bem distribuída ao longo da projeção. 
 O diretor estreante, e também roteirista deste e de outros capítulos da franquia, Gary Dauberman oscila entre o lugar comum do gênero e alguns momentos mais inspirados, como aquele que usa um jogo de sombras coloridas para apresentar a real forma de uma criatura, ou que usa o movimento de câmera para mostrar a passagem entre planos de outra. Ele acerta em manter a atmosfera criada por James Wan no primeiro Invocação do Mal, especialmente nas sequencias com a presença do casal Warren.
O diretor estreante, e também roteirista deste e de outros capítulos da franquia, Gary Dauberman oscila entre o lugar comum do gênero e alguns momentos mais inspirados, como aquele que usa um jogo de sombras coloridas para apresentar a real forma de uma criatura, ou que usa o movimento de câmera para mostrar a passagem entre planos de outra. Ele acerta em manter a atmosfera criada por James Wan no primeiro Invocação do Mal, especialmente nas sequencias com a presença do casal Warren.
Sim, Ed e Lorraine estão de volta em uma participação pequena. A envolvente sequência inicial deve saciar os fãs dos demonólogos, já que Farmiga e Wilson continuam eficientes e carismáticos ao retratá-los. Mas o foco da produção é de fato no trio de garotas, e talvez por isso o tom seja mais "aventuresco" e fantástico, enquanto o terror é menos gráfico que os capítulos anteriores. Não é atoa que o próprio James Wan, que aqui é apenas produtor, se referiu à ele como Uma Noite no Museu com Annabelle.
A boneca endemoniada tem conseguido um feito incomum no universo de franquias, o de melhorar a cada produção. Annabelle 3: De Volta Para Casa talvez não supere A Criação do Mal, em criação de mitologia, mas com certeza avança no quesito entretenimento. A terceira incursão da entidade nas telonas, é um "terror pipoca" que diverte muito, assusta, mas não apavora. Apresenta novas identidades, algumas promissoras, outras nem tanto (o lobisomem de CGI destoa bastante), para o "InvocaVerso". E principalmente, solidifica o lugar de figura icônica de Annabelle no imaginário cinéfilo.
Annabelle 3: De Volta Para Casa (Annabelle Comes Home)
2019 - EUA - 106min
Terror
2019 - EUA - 106min
Terror
Leia as críticas de Annabelle e Annabelle 2: A Criação do Mal
 





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