Fãs de The Walking Dead foram pegos de surpresa pelas saídas de Andrew Lincoln e Lauren Cohan pouco antes da nona temporada da série estrear. Enquanto os criadores receberam um verdadeiro desafio: perder ao mesmo tempo seu protagonista e a melhor substituta para o cargo, já que a Maggie teve seu arco de líder bem desenvolvido durante as temporadas mais recentes. Para sobreviver a esse baque, a produção precisa se reinventar, e talvez esta seja a melhor coisa que poderia acontecer ao programa.
Esta primeira temporada do nono ano da série aborda estabilização e despedidas. Inicialmente estabelecendo a nova ordem social pós-guerra contra os Salvadores. Com um salto de tempo, acompanhamos a tentativa das comunidades, inclusive a derrotada, de sobreviver juntas apesar de suas divergências. Os grupos tentam construir uma literal e metafórica ponte, cujo sucesso ou fracasso, vai determinar seus futuros.

É aqui que entra a fase de despedidas. Uma solução esperta e, principalmente, pragmática tira Rick (Lincoln) de cena. Para seus companheiros o personagem está morto, para nós ainda é uma possibilidade. O episódio de despedida é um dos pontos altos, cheio de metáforas, referencias e uma delicadeza notável. Mas, o ator deve protagonizar filmes no mesmo universo, o que facilita sua aparição na série para um possível encerramento. Uma opção menos elaborada, mas misteriosa é criada para Maggie (Cohan). Deixando evidente que os produtores tem esperança no retorno da atriz, afastada por divergências salariais.


E por falar em vilão, uma nova ameaça há muito esperada pelos fãs finalmente foi apresentada, os sussurradores. Novos personagens também são apresentados para manter a densidade demográfica entre os vivos.
Parece muita coisa para apenas oito episódios? Não é. As muitas tarefas a serem cumpridas pelo roteiro neste primeiro ato, tornaram os episódios mais dinâmicos e equilibrados. Embora dois deles ainda tenham soado mais arrastados, o resultado é bastante diferente das primeiras metades de temporadas anteriores, onde geralmente o primeiro e o ultimo episódios eram os únicos realmente bons.

Ainda não é possível afirmar com certeza como a série de zumbis vai caminhar sem seu forte protagonista. Mas a produção parece estar ciente de que vai precisar se esforçar, explorar novas dinâmicas, dar voz a mais personagens. A promessa de uma bem vinda nova fase está lançada, resta torcer para que os próximos passos não sejam cambaleantes como os dos mortos andantes que povoam e dão título a série.
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The Walking Dead é exibida no Brasil pela Fox, os episódios da primeira à sétima temporada estão disponíveis na Netflix. A segunda metade da nona temporada estreia em 10 de fevereiro de 2019.
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