
Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo abusado que tem seu próprio quadro em uma emissora de São Francisco. Ele é demitido quando ultrapassa os limites durante sua entrevista com Carlton Drake (Riz Ahmed), criador da Fundação Vida, que investe em missões espaciais para salvar a humanidade. Seis meses mais tarde, ainda sem emprego, namorada ou perspectivas, o repórter é procurado Dra. Dora Skirth (Jenny Slate), confirmando suas suspeitas sobre os métodos de Drake, que a esta altura está usando humanos como cobaias em testes com alienígenas.
A sinopse parece longa e complicada, mas não se engane, Venom é bastante simples e previsível. De fato, o longa parece fora de seu tempo, se assemelhando mais às produções do gênero - sim, adaptações de quadrinhos já são um gênero - do início dos anos 2000, do que das produções atuais, tanto na estrutura quanto no visual. A trama é bem simples, o protorganista está na pior, passa por um evento que lhe concede habilidades e precisa aprender a lidar com elas à tempo de vencer o perigo maior ao final do longa. A diferença aqui, é que as tais habilidades, vem com uma personalidade junto.


De volta aos personagens, o vilão humano, até tem uma justificativa compreensível. Ele quer salvar o mundo com aqueles conhecidos conceitos errados e radicais. Mas não consegue evitar cair no cliché de vilão megalomaníaco. Situação agravada quando este perde seus objetivos assim que se associa com o vilão alienígena. Riot, é o tradicional líder de dominação extraterrestre, e apenas isso.

Se a história não surpreende, e os personagens não são bem construídos as esperanças ficam na ação e efeitos especiais. O filme entrega cenas de ação que funcionam, mas não surpreendem. Os poderes de Venom, são interessantes inicialmente, mas logo que a curiosidade passa estes se mostram repetitivos. Suas cenas de luta tem certo urgência, quando o alienígena combate os frágeis humanos. Entretanto, quando chega a luta principal entre os simbiontes, a coisa vira um emaranhado de CGI fluido, incompreensível, sem peso algum. Ao menos, grandes lutas finais com excesso de computação gráfica ainda são um problema nas produções atuais.

Provavelmente existe uma justificativa para a existência de um filme solo de Venom afinal a criatividade não tem limites. Mas esta produção não encontrou um bom argumento. Soa como a Sony tentando marcar presença, enquanto o excelente Peter Parker de Tom Holland não está disponível.
Venom
2018 - EUA - 112min
Ação, Ficção científica, Quadrinhos
P.S.: O filme tem duas cenas pós créditos.
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