
a pacata cidadezinha de Joinlândia tem sua rotina alterada por um misterioso assassinato. Para resolver o crime, Keyla (Tatá Werneck) uma experiente investigadora do Rio de Janeiro é convocada e une forças com ingênuo e inexperiente subdelegado Claudio (Cauã Reymond). A dupla vai brigar muito, e causar "altas confusões", antes de conseguir desvendar o caso.
O mistério do caso não é dos mais difíceis de desvendar. Quem está habituado ao gênero policial, sendo comédia ou não, provavelmente vai desvendar o crime assim que o vilão aparece em cena. A previsibilidade não é um problema, mas um recurso, já que a comédia pretende fazer humor a partir dos clichês do gênero.
O mesmo vale para o desenrolar da investigação, os passos seguidos pela dupla, existem para ambientar e conectar as piadas e referências. Todas criadas a partir da expectativa do espectador sobre a previsibilidade comum neste tipo de produção, estabelecidas por muitas séries e filmes ao longo dos anos. A introdução do "jeitinho" brasileiro de ser nesse sistema é um acerto, especialmente quando faz graça com o cotidiano de uma cidade do interior. Mas novamente, é o caminho óbvio a seguir.
O acerto fica por conta do elenco, Reymond e Werneck conseguem sim criar uma relação de opostos crível. E seu carisma ajuda na torcida pelo sucesso da dupla. Alejandro Claveaux e Daniel Furlan, também se destacam por se entregar sem pudores às caricaturas a que foram designados. Como um todo, o elenco parece se divertir com o trabalho, e em uma comédia isso conta pontos.

Uma Quase Dupla
Brasil -2018 - 90min
Comédia
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