
Nick Jakoby (Joel Edgerton) é o primeiro orc policial dos Estados Unidos, e tem como parceiro no nada satisfeito policial humano Daryl Ward (Will Smith). Em uma de suas missões a dupla se depara com uma "arma de destruição em massa"(?), cobiçada por diferentes gangues, seitas e até autoridades. Inclua aí diferentes raças, cada uma com suas rixas e interesses.
Fazendo um paralelo nada sutil com mundo real, a Los Angeles de Jackoby e Ward é bem parecida com qualquer grande cidade dos dias atuais. Divisões de classe, preconceito, segregação e claro, a violência gerada por tamanha discrepância social. A classe marginalizada aqui é a dos orcs. Os ogros (sim, tem palavra em português, vamos usar) escolheram o lado errado de uma batalha há dois mil anos e ainda são rejeitados por isso. No outro extremo da sociedade os privilegiados elfos sentem-se superiores e talvez burlem as regras (leia-se usam magia) para manter sua posição. Os humanos ficam no meio do caminho, como a classe média trabalhadora.


A pior consequência na falha ao explicar os conceitos fantásticos, é não oferecer estofo à queles que dependem deles. Assim, temos vários bandos e gangues genéricas perseguindo a dupla, enquanto os grandes vilões do filme carecem de personalidade para justificar seu nível de ameaça. Basta saber que ao fim do filme, não conseguimos sequer lembrar o nome da chefe dos vilões vivida por Noomi Rapace. É Leilah, segundo o IMDB.
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Admito, fugiria da Rapace com essa cara de má sem pestanejar, mas ela é terrível porque mesmo, hein? |
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Esperando esse cara ficar malvado... |
Outras falhas ficam por conta do roteiro didático e conveniente. Como habilidades extraordinárias que podiam ter solucionado problemas facilmente, mas são esquecidas pelos seus portadores. Longos discursos explicativos para personagens que já deveriam ter essas informações. E o que dizer do federal elfo e seu caráter ambíguo que não resulta em nada? Seu desenvolvimento também ficou para a sequência?

Bright (Bright)
2017 - EUA - 117min
Ação/Policial/Fantasia
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