Kimberly "Kimmy" Schmidt (Ellie Kemper) está de volta, e continua tentando colocar em dia os quinze anos que perdera em um bunker após ser sequestrada ainda adolescente pelo líder de uma seita apocalíptica. Isso não significa, que a personagem não tenha novas experiências, afinal descobrir o mundo é sempre uma novidade.
Nesta segunda temporada, Kimmy já cumpriu sua missão de "desmascarar" o reverendo, e já se sente em casa em Nova York. Seus dilemas agora, são lidar com seu interesse amoroso casado com outra, para garantir o Green Card. Além de descobrir os danos emocionais e até físicos dos quinze anos de confinamento. Tudo isso mantendo seu espírito "inquebrável", ajudando os amigos e com um novo emprego, já que ela ajudou a sua primeira empregadora a esposa troféu Jacqueline Voorhes (Jane Krakowski) à mudar de vida.
Jacqueline se libertou do marido e resolveu abraçar sua origem. Adivinhou quem pensou que isso não daria muito certo, e logo a personagem "ajusta" seus objetivos de vida. Já Titus Andromedon (Tituss Burgess), enfrenta seu passado, encontra um pretendente e da uma impulsionada em sua carreira. Até Lilliam (Carol Kane) tem um dilema a resolver: manter as tradições de sua amada vizinhança.
Sim, todos os principais personagens tem seus arcos ampliados e bem desenvolvidos. Este é um dos pontos altos da segunda temporada. Não focar apenas em Kimmy, mas nas vidas que ela influencia e vice-versa.
E assim como na primeira temporada, cada um deles faz suas críticas aos diferentes aspectos da sociedade, de forma ácida, leve e sarcástica. Para isso a série não tem mendo de trazer e descartar personagens secundários conforme a trama se desenvolve. O que garante uma quantidade enorme de participações especiais que, novamente à exemplo da primeira temporada, ficam melhores com o "fator surpresa". Logo vou parar por aqui.
Há entretanto, uma participação que precisa ser mencionada, a da co-criadora da série Tina Fey. Na primeira temporada, ela já havia participado como a péssima advogada que o governo oferece às mulheres toupeira. Este ano em uma participação mais longa, agora dando vida à uma terapeuta muito peculiar, Tina dá um fôlego necessário à segunda metade da temporada.
Fôlego necessário, pois o frescor da novidade passou, algumas piadas ficam repetitivas. E Kimmy se adaptou muito rápido aos novos tempos, quem não gostaria de vê-la estranhando um pouco mais o mundo? Isso fez com que a série diminuísse em qualidade em relação ao primeiro ano. Se antes a série era frenética ao ponto de deixar alguns perdidos. Agora, o ritmo é instável e piadas se repetem, algumas chegam a perder a graça.
Apesar de não ser mais a surpresa criativa que se destacou em 2015. A nova temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt ainda é inteligente, sarcástica e surtada. Cheia de referências, críticas e frases icônicas (como, "A internet está acabando com tudo. São um bando de Chandlers"). E termina com a necessidade de Kimmy precisar encarar seu passado novamente.
Em outras palavras, Kimmy continua incansável em sua tarefa de trazer um tipo de humor que está em falta em meio a repetitiva fórmula das sitcoms. A torcida é para que o terceiro ano traga novo fôlego, descubra novas formas de humor e continue apostando nos acertos, que adoramos.
A segunda temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt chegou em 15 de Abril no serviço na Netflix. É uma das produções originais (e exclusivas) do serviço de streaming. Os dois primeiros anos da série estão disponíveis na íntegra e tem 13 episódios de aproximadamente 30 minutos cada. Sua terceira temporada já foi confirmada.
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