Brasileiros são viciados no Orkut, mas no resto do mundo quem impera é o Facebook, "criado" por Mark Zuckerberg um gênio da informática em, em 2004, quando estava seu segundo ano em Harvard. E quando digo gênio, é sério!
Logo na primeira cena, nos vemos perdidos na verborragia cerebral do estudante, ao ponto de olhar assustados para cadeira ao lado - só eu que não entendi nada?. A preocupação logo passa, não somos os únicos. A própria namorada de Zuckerberg, não compreende metade do que ele diz, se irrita com a velocidade da conversa e com a obsessão do namorado pelas exclusivíssimas fraternidades universitárias. O resultado é um fora muito bem dado.
Já ouviu o ditado cuidado com a fúria de uma mulher rejeitada? Acredite ou não o conselho pode ser aplicado a nerds, especialmente aqueles com um Q.I. elevado, habilidade em programação e um computador com internet disponível. De cara cheia, totalmente arrasado, e alguns posts rancorosos em seu blog depois, Mark resolve fazer algo mais produtivo. Ele invade as redes das universidades e cria um site que coloca as estudantes em um ranking de beleza. E que duas horas depois derruba o servidor de Harvard, com nada menos que 22 mil acessos.
A façanha lhe rendeu um interrogatório da faculdade e a atenção dos também estudantes, os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss e Divya Narenda que convidam Mark para ser programador de um site de relacionamento de Harvard. Ele topa, e logo depois começa a evitar o trio. Meses mais tarde abre o "TheFacebook" com a ajuda do amigo brasileiro Eduardo Saverin. Que também é jogado para escanteio, quando Sean Parker, criador do falecido Napster, entra em cena e lhe apresenta os prazeres da vida desregrada.
O filme, baseado no livro Bilionários por acaso, de Ben Mezrich, apresenta a história da criação da rede de relacionamento a partir dos dois processos que Zuckerberg enfrentou. Um pelo roubo da idéia dos irmãos Winklevoss e Narenda. E outro por reduzir a participação de Saverin no capital do Facebook. Curiosamente, fala mais da incapacidade social de Zuckerberg que de sua habilidade de conectar pessoas.
Aceitação, popularidade e sucesso é o que Mark busca o tempo todo. "Não me aceitam em seu clube, então crio um só para mim! Se rolar uma grana no processo, é lucro". Nada retrata melhor a primeira década do novo milênio, quando temos cada vez mais amigos virtuais que nos conhecem a fundo, e estamos mais distantes dos amigos de verdade. E quando acredita-se que "criar" um trabalho seja melhor ou mais fácil que encontrar um. Empreendedorismo puro!
Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button), escolheu a dedo, quem deveria posar para esse retrato dos nossos tempos. O verdadeiro Mark Zuckerberg, que me perdoe, mas ele corre o risco de ser eclipsado pela versão de Jesse Eisenberg, que embora mais caricata é impressionantemente realista. Andrew Garfield (que além de ter um nome engraçado, também é o próximo Homem-aranha), se faz presente e faz com que compremos sua briga. Diferente dos Winklevoss (Armie Harmer, dá vida aos dois,embora o corpo de Tyler pertença a outro ator, Josh Pence), pomposos, esnobes, e sincronizados parecem mais a versão de Harverd de Fred e George Weasley, impossível não tirar os achar divertidos e imediatamente torcer contra.
Entretanto nada supera a escalação de Justin Timberlake como Sean Parker, criador do Napster, site que embora falido redefiniu o comportamento a indústria fonográfica. A atuação não é tarefa difícil, já que Parker é um canastrão e Timberlake também. A parte divertida é escalar um astro pop para dar vida aquele que foi o maior pesadelo para as vendas de CDs.
Na minha humilde opinião um dos melhores filmes, e personagens do ano. No final das contas o gênio não é, mal caráter ele apenas tira do caminho todos que possam atrapalhar o sucesso de sua criação. Você não entende tudo o que Mark Zuckerberg fala, discorda do que ele faz durante quase todo o filme, e mesmo assim não consegue desviar a atenção da tela.
A Rede Social (The Social Network)
EUA - 2010 - 120 minutos
Drama
Quero ver!
ResponderExcluirClara e objetiva.
ResponderExcluirSimples assim, por isso adoro a Gi!
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