Livro é uma coisa, filme é outra! Parece que mesmo depois de seis adaptações das aventuras escritas por JK Rowling para o cinema, os fãs mais fervorosos ainda não entenderam a diferença. A irritação era fácil de notar pelas altas reclamações ao final da seção. É verdade que a versão para as telas Harry Potter e o Enigma do Príncipe tem muitas diferenças se comparado ao obra literária, o que não significa que seja um filme ruim.
Voldermort (Ralph Fiennes, que não aparece mas é super mencionado) agora é uma ameaça real não apenas para o mundo bruxo, mas para os trouxas também. É hora de Dumbledore (Michael Gambon) começar a preparar Harry (Daniel Radcliffe), para enfrentar seu arquinimigo, a começar por entender sua história. Enquanto Draco Malfoy (Tom Felton) tem uma importante missão a cumprir.
Notou que não mencionei nenhum príncipe na sinopse aí em cima? É que, como dezenas de outros detalhes do tijolo que é o sexto volume da série, história do príncipe do título é simplificada ao máximo, em prol da trama principal. A ausência de alguns detalhes confunde quem acompanha a série apenas nos cinemas (e enfurece fãs mais dedicados). Já que no filme não há muito tempo para explicar as peculiaridades do mundo bruxo, como o que é um bezoar, o jeito é deixar a curiosidade ou encher de perguntas aquele seu amigo que leu o livro . Ainda assim o longa tem uma história concisa e um ótimo ritmo, suas 2h30 passam voando.
O tal príncipe do título é o dono de um livro de poções que Harry usa e que o torna o melhor aluno da classe. Como se sua fama já não fosse suficiente para impressionar o novo professor de Hogwarts Horácio Slughorn (Jim Broadbent, que de tão perfeito parece ter saltado das páginas). Recrutado pessoalmente por Dumbledore e Harry, o velho mestre detém uma informação crucial para os planos de derrotar o Lord das Trevas.
Que a série fica sombria a cada capitulo não é novidade. A graça é apreciar o equilíbrio entre o clima de "guerra fria", e as cenas de humor (a maioria protagonizada por Ron) que dão leveza a trama. Sequências de ação, muitas delas não presentes nos livros, dão ritmo acelerado e tenso, que junto com o visual cinzento e eternamente nublado, ambientam a época perigosa na qual a história se situa.
Embora empolgantes o excesso dessas cenas tira brilho do clímax, que parece meio mixuruca depois de tanta ação. Quem sabe nesse caso um pouco mais de fidelidade ao livro, onde a cena é mais longa, fosse necessária.
O quadribol está de volta, com a esperada estréia de Ronald (Rupert Grint) como goleiro. A magia deixa de ser apenas ferramenta de encantamento e passa a fazer parte do cotiano dos personagens. Assim como os romances que pipocam na tela. Os laços de amizade entre os protagonistas também são reforçados.
O Enigma do Príncipe é na verdade uma grande introdução para desfecho da franquia. Talvez por isso necessite de maior conhecimento da saga, que termina de 2011, com a chegada da segunda parte de Relíquias da Morte as telas.
Talvez o maior mérito da série, é o elenco original praticamente inalterado. Além de Radcliffe, Gambon, Grint, Felton e Broadbent, ainda enstão no longa, Emma Watson, Alan Rickman, Helena Bonham Carter, Robbie Coltrane, Timothy Spall, David Thewlis, Maggie Smith, Julie Walters, Mark William, Bonnie Wright, Evanna Lynch, entre outros.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince)
EUA/Inglaterra - 2009 - 153 min
Aventura / Drama / Fantasia
Gente, é impressionante como a cada vez que eu vejo o filme descubro que não lembro quase nada do livro! O Voldemort não aparece mesmo ou o Ralph Fiennes tava cobrando um cachê muito alto??? rsrsrs
ResponderExcluirEu gostei bastante, como vc falou, o filme tem um ritmo ótimo. E é bem engraçado também. Adoro o Rony!!!
bjs
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