O Besouro Verde

Os posters de Besouro Verde são os mais feios que já vi. E até o presente momento não encontrei nenhum que trouxesse apenas o herói do título sozinho, em foco. O motivo da feiura, não sei explicar (deve ser mal gosto mesmo), mas a ausência de destaque para o herói mascarado até faz sentido.

Britt Reid (Seth Roge) é o filho bon-vivant do dono do maior jornal da cidade. Nascido em berço de ouro, tudo o que o rapaz quer é curtir. Quando o pai milionário morre ele não demonstra menor interesse pelo seu império jornalístico, estando mais interessado em beber um belo café pela manha. É aí que ele descobre que Kato (Jay Chou), o cara que faz o café perfeito da mansão e conserta os carros de seu pai, também é ótimo projetista de traquitanas, super-carros e mísseis, além de ser um mestre no kung-fu. O milionário então decide aproveitar as habilidades do novo amigo, e sua grana para se tornar um herói, que só para complicar mais um pouco vai agir disfarçado de vilão.

Para completar a equação ainda temos Lenore Case (Cameron Diaz), jornalista especializada em criminalística que acaba se tornando o cérebro da operação Besouro Verde. E Chudnofsky (Christoph Waltz, vencedor do oscar de melhor ator coadjuvante em 2010 por Bastardos Inglórios), um chefão do crime de meia idade e com problemas de identidade. Dois atores obviamente atraidos pelo diretor da produção Michel Gondry, diretor de filmes independentes e algumas vezes complicados de entender como Brilho eterno de uma mente sem lembranças... e Rebobine por favor.

Dois canos fumegantes!
Um humorista, uma estrela de hollywood, um astro pop anonimo do ocidente (do outro lado do glogo, Jay Chou é muito famoso!), um ganhador de Oscar, e um cineasta não convencional, em uma adaptação de um programa de rádio dos anos 1930, que teve uma fracassada temporada de TV nos anos 1960, antes de chegar aos quadrinhos. Tá surpreso de o projeto sair do papel? Você não é o único.

Incrívelmente a aventura convence, e até diverte especialmente se você não for muito exigente com o roteiro. Afinal, é um filme de herói as avessas escrito por um humorista. Apenas certifique-se de dar preferência à versão dublada, pois Jay Chou, o Kato, fala pouco inglês e aparentemente isso compromete bastante sua atuação. Quem disse que não existe vantagens na dublagem?
Coadjuvante de luxo:
vim escolher gravatas!

Excelente atuação mesmo, apenas a de Christoph Waltz, que depois de ganhar um prêmio da academia parece estar afim de se divertir e se entrega com vontade ao seu confuso vilão. Com problemas de identidade é persuadido por James Franco (em participação especial, rapidíssima logo no início do filme), a mudar de visual, e muda novamente quando mascaras verdes entram na moda.Tudo para aumentar o temor sobre seu nome, e até este ele muda. Não dá para não rir!

Fazendo juz ao estilo filme de herói, ainda tem explosões, traquitanas legais e muito kung-fu. Além de interesses amorosos e brigas entre parceiros. 

Explorando o sidekick!
Agora, caro leitor você deve estar se perguntado, porque faz sentido que o Besouro Verde não tenha mais destaque no cartaz?  Observação que fiz ainda no primeiro parágrafo. Britt, nunca se esforçou para aprender nada, não é um gênio, apenas tem muita grana e entusiasmo. O que deixa a maior parte do trabalho para os outros. As decisões sobre que caminho seguir, vem de Lenora, gênio do crime. E o trabalho pesado fica seu parceiro, que além inventar, montar, consertar e manter todos os equipamentos é uma maquina de kung-fu com direito à visão especial. Triste é que o rapaz nem ganha um codinome. 

O Besouro Verde (The Green Hornet)
EUA - 2011- 119 min
Ação / Comédia

3 Comentários

  1. Este eu quero ver só por causa do Christoph Waltz! :)

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  2. Faz bem. Ele está ótimo, tipo assim :"ganhei um oscar agora vou me divertir, atirar nos outros, explodir coisas...." kkkk

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  3. Isso é que eu chamo de originalidade ao se expressar!

    Opinião registrada. Obrigada pela visita e volte sempre!

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