Reprise: Twister

Twisters está chegando ao cinema, e caso você tenha menos de trinta anos e não tenha pescado a referência, trata-se de uma sequencia, ainda que meio independente de Twister (no singular). Filme que foi a segunda maior bilheteria de 1996, perdendo apenas para Independece Day. Com produção de Steven Spielberg, roteiro do autor de Jurassic Park, e diretor de Velocidade Máxima, foi indicado a dois Oscar, e também a dois Framboesa de Ouro. Foi o primeiro filme lançado em DVD nos Estados Unidos, e se tornou clássico instantâneo da Sessão da Tarde assim que chegou na TV. 

O filme acompanha uma equipe de caçadores de tornados, no melhor sentido da expressão. Uma equipe de cientistas, que trabalha para entender o fenômeno natural, e assim poder alertar a população com antecedência suficiente para sobreviver à catástrofe que eles trazem. Para tal, eles precisam colocar um aparato chamado Dorothy (sim, referência à O Mágico de OZ), no olho do furacão, o que os coloca à caça dos ventos descontrolados, e óbviamente em um perigo empolgante.

É claro que tem outra equipe de cientistas malvados e ricos, que roubaram sua ideias, competindo com eles. Além de um conflito interno na própria equipe, já que os cientistas chefes Jo (Hellen Hunt) e Bill (Bill Paxton) estão se divorciando. De fato, Bill já saiu da equipe e apareceu apenas para buscar os papéis do divorcio, coincidentemente no dia previsto para ter a maior atividades de tornados em Oklahoma. E com a nova noiva nada aventureira à tira colo. 

Já viu pra onde isso vai, né! Casal se reaproximando e uma noiva hiláriamente apavorada. Mas Twistter não é memorável por seu roteiro. Na verdade, ele ganhou o Framboesa de Ouro de Pior Roteiro a Arrecadar mais de $100 Milhões. São os efeitos especiais o ponto alto do filme.

Duvida? Se encontrar com alguém que vivenciou os anos noventa e não se recorda do filme, basta mostrar o frame de uma vaca voando, para reativar a memória do indivíduo. Nos primórdios dos efeitos por computação gráfica, acertou na mistura de efeitos práticos e CGI. Até turbina de avião usaram para fazer os ventos. Criando sequencias de destruição de cair o queixo. 

Muitos funcionam relativamente bem até hoje, e mesmo os que inevitavelmente ficaram datados para nossos olhos treinados, são facilmente relevados pela intensidade da aventura, apliada por um trabalho de som também digno de prêmios. Não é atoa que o filme recebeu indicações ao Oscar de  Melhor Som e de Melhores Efeitos Visuais.

Apesar do roteiro raso, não é difícil criar empatia pelos personagens, em parte pelo elenco estelar que a produção conseguiu reunir. Helen Hunt, Bill Paxton, Philip Seymour Hoffman, Alan Ruck, Cary Elwes O que faz a gente acreditar com facilidade que trata-se de uma profissão verdadeira, e de que as técnicas e engenhocas usadas realmente funcionam. 

É claro se estudam tornados, mas dificilmente trata-se de correr por aí atrás deles e sobreviver à situações improváveis (uma tira de couro e uma barra de ferro? Não é assim que se sobrevive à furações, não tente em casa!). São mais cálculos, observações, uma pesquisa mais tradicional e menos aventureiras. Mas se o filme fosse fiel, não seria tão divertido, tão pouco arrecadaria mais US$ 470 milhões ao redor do mundo. 

De qualquer forma, fica a recomendação para revisitar o filme, ou assistir a pela primeira vez. De preferência acompanhado, para comentar os absurdos, torcer pela ciência, e compartilhar a empolgação.

Twister 
1996 - EUA - 113min
Ação, Aventura

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