Admito, precisei fazer uma pequena pesquisa após assistir Star Wars: Histórias do Império e antes de escrever esse texto. Não porque a série animada deixe dúvidas ou furos com relação a seu roteiro, mas porquê é mais uma obra que expande o universo. E às vezes é preciso uma ajudinha para lembrar quem é quem, diante de uma galáxia de personagens.
Ao longo de seis episódios com cerca de quinze minutos cada, acompanhamos a jornada de duas mulheres nos tempos do poderio do Império Galáctico. Os primeiros três episódios são dedicados à ascensão ao lado sombrio e no império da Irmã da Noite Morgan Elsbeth (voz de Diana Lee Inosanto, que também interpreta a personagem em live-action). Sua queda, ou quase isso, estamos assistindo em The Mandalorian e Ahsoka.
Já o trio de episódios finais acompanham Barriss Offee (Meredith Salenger). Essa sim uma persongem que precisei pesquisar, já que ela aparece principalmente na série animada The Clone Wars, e alguns outros matérias derivados. Offee é uma ex-cavaleira Jedi Mirialana, expulsa da ordem e presa por traição, que após a Ordem 66, é recrutada sem opções pelo império.
Enquanto a Irmã da Noite escala em direção ao poder impiedosamente, trilhando os caminhos do medo, da raiva e do ódio, que levam ao lado sombrio e dão título aos episódios. Desde o extermínio de seu clã, passando por sua carreira no império, até a parceria com Grande Almirante Thrawn, que move a personagem até seus momentos mais recentes.
Em um caminho oposto, a ex-jedi já está em desgraça quando é forçada a se tornar inquisidora para o Império Galático. Sua jornada é de reencontrar seu caminho para a luz. Partindo da Devoção, passando pela Realização dos dogmas ruins que passou a seguir, até sua Saída do sistema, através de um sacrifício digno de qualquer Jedi. Devoção, Realização e Saída, também são os título e temas dos episódios dedicados à ela.
Duas jornadas ricas e complexas, mas apresentadas com uma construção direta e rápida, considerando a duração e quantidade de episódios. Mas, mesmo assim, extremamente eficiente. Mesmo para quem desconhece as personagens (eu mesma não conhecia uma delas), é fácil acompanhar suas jornadas uma vez que temos arcos e cenários bem estabelecidos.
É mesmo a necessidade de conhecer o universo de Star Wars o grande empecilho de Histórias do Império, já que é preciso conhecer todo o contexto por trás dos eventos mostrados. Guerras Clônicas, Ordem 66, Inquisdores, Jedis, a hierarquia do Império, nada disso é explicado. Até porquê não há tempo disponível. Mas, convenhamos, essa série dificilmente atrairá não iniciados na saga. Não é uma porta de entrada para a franquia, e nem pretende ser.
A animação segue o padrão de qualidade e design de outras séries da franquia. Particularmente, acho feio, mas a história compensa. Especialmente por aprofundar a mitologia e dar espaço para conhecermos personagens secundários que nunca ganhariam tanta atenção nas obras principais. Uma série animada é o espaço perfeito para tal.
Assim como Histórias dos Jedi, Histórias do Império é a opção perfeita para enriquecer a franquia. não é obrigatória para entender a grande história, mas é um material extra, coerente que tem seu espaço. E diversão certa para quem sempre quer um pouco mais.
Além disso, se os lado luminoso ganhou sua série animada expandindo o universo, nada mais justo que o lado sombrio receba a mesma atenção. Assim garantimos o necessário equilíbrio da Força!
Star Wars: Histórias do Império tem seis episódios com cerca de quinze minutos cada. Todos já disponíveis no Disney+!
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