The Witcher - 3ª temporada (parte 2)

 Dê um trocado pro seu bruxo! Ele tá precisando de incentivo. A segunda parte da terceira temporada de The Witcher chegou à Netflix, a repetição e enrolação dos primeiros episódios diminuiu. Mesmo assim, a temporada não consegue dizer a que veio, tão pouco determinar um futuro para o personagem principal, que ganha novo interprete no quarto ano.

Depois de passarmos os primeiros cinco episódios observando uma política confusa, uma busca interminável por Cirila (Freya Allan) e as escolhas estranhas que Geralt (Henry Cavill) e  Yennifer (Anya Chalotra) fazem para proteger a garota. Voltamos para três eventos distintos nos episódios finais. 

A grande batalha anunciada pelo episódio do baile. Embate que altera Aretuza para sempre, mas que continua confusa, para quem não conhece bem todo o complexo panorama político do continente. Habilidade que acredito, apenas os leitores tem. À certa altura é inevitável se perguntar: pra quem deveríamos estar torcendo mesmo? - minha sugestão, se apegue ao trio principal. Quando descobrir em que time estão jogando, vai descobrir a quem deve dedicar a torcida. 

Depois acompanhamos uma jornada de autodescoberta, quase bíblica de Ciri. Que apesar de bem intencionada, é bastante repetitiva. Não era preciso um episódio inteiro sobre isso. E finalmente, acompanhamos o panorama do continente pós batalha, que basicamente não mudou. À exceção é que agora, todos estão mais cansados, e as medidas para alcançar seus objetivos começam a ficar mais drásticas e inconsequentes. Embora as consequências dessas novas perspectivas fiquem apenas para o ano seguinte. 

Colocando na ponta do lápis, pouco aconteceu nesta terceira temporada. Escancararam-se os embates, e o objetivo comum, "ter a Ciri", cada um por um motivo distinto. Enquanto Geralt, Yennifer e a jovem tem um vislumbre de uma vida em família, apenas para tornar tudo mais dramatico quando este núcleo é desfeito. A princesa aprende um pouco, muito pouco! E Jaskier (Joey Batey) é um mero acessório obrigatório, já que é o favorito de muita gente.

Um desenvolvimento limitado, que não preenche bem os oito longos episódios. O roteiro parece querer atrasar determinados eventos propositalmente. O resultado é uma história meio contada, que acaba quando parece que vai deslanchar. Não satisfaz a longa espera de quem acompanha o universo. Tão pouco, entrega uma despedida apropriada para Henry Cavill (no proximo ano Liam Hemsworth assume o papel). Mas, talvez estimule os mais curiosos a retornar. 

Conhecendo bem seus papéis  Henry Cavill, Freya Allan e Joey Batey entregam o melhor que o roteiro lhes permite. É muito por apego a seus personagens que nos mantemos engajados. Já Freya Allan sofre para manter nossa empatia, com uma adolescente reclamona e aborrecida que Ciri se tornou nesta temporada. 

Cabelos maquiagem e cenários, parecem ter sofrido cortes de orçamentos, já que estão menos variados e limitados. Assim como os monstros, tão presentes no primeiro ano, ficaram mais escassos diante dos muitos novos personagens. Ao menos o figurino e fotografia continuam com a qualidade conhecida. Nada inovador, mas eficiente.

O vale abundante e rico que The Witcher oferece ficou restrito, confuso e super-populoso (quem decorou todos os reinos e nomes) neste terceiro ano. Repetitivo, e difícil de acompanhar, a temporada soa como "o meio do caminho". Uma história sem desfecho, e por isso insatisfatória. Tal qual a despedida de Cavil do papel. Só mesmo a curiosidade gerada pelo desfecho em aberto, seja incentivo para voltar para a já confirmada quarta temporada.

A terceira temporada de The Witcher tem oito episódio, todos já disponíveis na Netflix

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