Geralt (Henry Cavill) tem um novo desafio, a paternidade! Ou quase isso, responsável pela princesa adolescente Ciri (Freya Allan), deve treiná-la e protege-la, além de entender sua verdadeira importância no quadro geral da guerra que se impõe no continente. Enquanto Yennifer (Anya Chalotra) precisa lidar com as consequências de seu grande ato na batalha de Sodden. Também acompanhamos os reflexos das batalhas entre os magos e os nilfigardianos e a adição dos elfos no conflito.
Sem um grande mistério ou quebra cabeça a ser montado, não havia sentido manter as linhas narrativas distintas. A simplificação, no entanto traz como vantagem a possibilidade de aprofundar melhor na mitologia da série. A primeira temporada apresentou e uniu as jornadas de Geralt, Ciri e Yennifer, a segunda aprofunda e expande o mundo em que estão inseridos.
A começar por toda mitologia em torno dos Witchers, os bruxos. Finalmente encontramos outros membros da sua casta, descobrimos onde e como os bruxos são criados. Os elfos mostrados levemente na temporada anterior, ganham históricos e anseios próprios, ao se envolverem na guerra de Nilfigard.
São os nilfigardianos que pouco avançam como coletivo, neste núcleo o interesse é desenvolver melhor dois de seus personagens Fringila (Mimi Ndiweni) e Cahir (Eamon Farren). Enquanto os magos se mantém pouco interessante, preparando suas intrigas para o que pode ser uma participação maior nas temporadas futuras.
O foco deste ano é de fato explorar a relação entre Geralt e Ciri, e no mistério que envolve as origens e habilidades da moça. Cavill e Allan acertam na dinâmica entre os personagens, exprimindo preocupação e confiança, mesmo quando discordam. O que acontece o tempo todo. A moça ainda se destaca, ao se inserir de forma eficiente no lar dos bruxos, sendo ao mesmo tempo a intrusa e a protegida de todos. Do trio principal, é Yennifer quem mais perde espaço, em uma busca por se encontrar em sua nova condição. Voltando a ter mais relevância na reta final.
Menos episódico que a temporada anterior, este segundo ano traz monstros mais pontuais, e conectados com a história geral. Necessários à narrativa, e visualmente eficiente. As criaturas continuam assustadoras e desafiadoras, mesmo que nem sempre o programa explique o que elas são.
Personagens menores da temporada anterior voltam a dar as caras para desafiar a memória de quem assistiu o primeiro ano há mais tempo. Afinal como ter The Witcher sem Jaskier (Joey Batey)? Embora não haja música chiclete desta vez. Enquanto novos são apresentados, trazendo novas possibilidades e conflitos.
Expandir o universo, e reforçar relações, estas são as principais tarefas do segundo ano da série da Netflix, baseada na série de livros homônimos de Andrzej Sapkowski. Com uma narrativa mais simples e direta, e mantendo nosso interesse pelo personagens, especialmente o trio Geralt, Yennifer e Ciri, a segunda temporada entretém com um ritmo excelente.
Grandes revelações e momentos de tensão, preparam o terreno para o clímax, que por sua vez abre ainda mais o leque de conflitos para o já confirmado terceiro ano. Em resumo, a série soube as mudanças necessárias para manter a qualidade, e entregar um segundo ano tão envolvente quanto sua estreia.
Assim como o primeiro ano, a segunda temporada de The Witcher tem oito episódios com cerca de uma hora cada. Todos já disponíveis na Netflix.
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