Escape Room 2: Tensão Máxima

O primeiro Escape Room, de 2019, não trazia grandes surpresas para o subgênero jogos mortais, mas funcionava pela criatividade dos desafios, o bom ritmo e uso dos personagens. Escape Room2: Tensão Máxima, aposta na repetição para prolongar a franquia, mantendo os acertos do primeiro filme.

Dessa vez o desafio traz de volta antigos vencedores, o que acaba colocando Zoey (Taylor Russell) e Ben (Logan Miller) de volta à sequencia de salas de fuga mortais contra sua vontade. Ao mesmo tempo, a dupla, sobrevivente do longa anterior, está empenhada em derrotar a Minos,  empresa que por trás dos desafios, mesmo durante o jogo.

Novamente temos um grupo de desconhecidos tentando sobreviver à desafios mortais Escape Room2: Tensão Máxima não tem intenção que ser mais do que isso, um quebra cabeças cheio de adrenalina causada pela morte iminente. As sequencias de morte aterrorizam pela tensão crescente, e não pela violência gráfica, o que permite que o filme tenha uma classificação indicativa baixa. 

Assim como no primeiro filme, as salas charadas e desafios são, criativas e bem realizadas pelo design de produção, que cria cenários críveis e complexos, mas que ainda mantem certa artificialidade de uma sala de fuga real. Entretanto, também a exemplo do longa anterior, a forma como estes desafios são apresentados,  pouco convidam o público a participar do mistério. Ainda sim, os jogos são empolgantes, especialmente pela criatividade com que foram construídos, a aventura envolvida em resolvê-los e por nossa empatia pelos personagens principais já ter sido conquistada no filme anterior. 

Zoey e Ben, mantém a evolução que tiveram no longa anterior. Ele mais aberto à relacionamentos e uma vida mais saudável, ela, deixando de lado a timidez, e com uma determinação exaustiva. A moça quer a todo custo derrubar a empresa que promove os desafios. É esse objetivo, que permeia todas as suas ações, até nos momentos de vida e morte do jogo, que traz a novidade desta sequencia. Uma investigação paralela, embora pouco frutífera sobre a organização das salas de fuga. 

Zoey está obcecada não por sobreviver, mas por vencer o jogo e derrotar mestre, e sua evolução para por aí. Os demais personagens, tem a mesma apresentação simples que os jogadores do primeiro longa, e alguns nos deixando inclusive, curiosos sobre suas reais histórias. Vale lembrar, este é o "Torneio dos Campeões" (Tournament of Champions, no título original), todos ali já venceram o desafio, além de suas bagagens próprias que os levaram a ser escolhidos inicialmente. 


Por causa da pouca profundidade, a produção não permite grandes atuações. Ainda sim, todo o elenco entrega o necessário para, oferecer personalidades distintas a seus personagens, e manter a tensão crescente ao longo dos desafios. Eles vão ficando mais desesperados, nós também! 

Do outro lado da disputa a Minos, se mostra uma entidade muito maior, com planos cada vez mais complexos, elaborados e grandiosos. Garantindo assim, a possibilidade de muitas sequências. E este é o real motivo desta franquia: filmes de entretenimento imediato, sem grande profundidade, que sejam baratos de produzir, e ofereçam grande retorno financeiro. Há até, uma tentativa de reviravolta, mas novamente, o plot twist trabalha mais em prol das continuações, que da surpresa de fato. 

Felizmente, o Escape Room2: Tensão Máxima não tenta enganar o espectador oferecendo mais do que pretende. O que ele oferece, ele realmente entrega, uma aventura mortal e escapista, que pretende te entreter ao longo de seus noventa minutos e apenas isso. Agrada quem gosta do subgênero, e não desagrada quem estava apenas buscando uma diversão rápida. 

Escape Room 2: Tensão Máxima (Escape Room: Tournament of Champions)
2021 - EUA - 88min
Terror, Ação

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