
Os clareanos continuam em sua fuga pela sobrevivência, e até encontraram uma solução viável para escapar das garras da C.R.U.E.L. Mas Thomas (Dylan O'Brien) não pretende deixar nenhum amigo para trás, e graças a traição de Teresa (Kaya Scodelario) ao final de Prova de Fogo, eles vão precisar resgatar muita gente. Adivinhou quem achou que o salvamento vai levar os heróis para a casa do inimigo. Lá, Teresa, Ava Paige (Patricia Clarkson) e seu imediato Janson (Aidan Gillen) trabalham na busca pela cura do Fulgor, o vírus que dizimou a humanidade, transformando pessoas em zumbis gosmentos e superativos. O trabalho cientifico inclui usar cobaias humanas, entre elas Minho (Ki Hong Lee).
A trama de resgate urgente, garante ao filme um ritmo frenético desde os primeiros minutos. O longa já começa com uma sequencia de ação bem construída, eletrizante e que serve para colocar a trama em movimento. Neste sentido, a produção depende muito do conhecimento prévio do expectador sobre os longas anteriores, já que não demora muito para os personagens partirem para a jornada final, sem tempo apara (re)apresentações. Essa aventura, entretanto, nos apresenta um pouco mais deste mundo e esclarece a maioria dos pontos obscuros da trama.


A trama por sua vez, não tem medo de arcar com as consequências dos impasses e ameaças que cria. (Sim, morre gente!) Além de organizar as ameaças em uma crescente, em busca de encontrar o clímax mais apocalíptico possível, mesmo já se tratando de um mundo após o apocalipse. No final das contas, sempre há algo mais a ser perdido, aparentemente. Guerra, perseguições, explosões, desmoronamentos estão presentes ao longo de todo o filme, mas alcançam uma escala surpreendente, e talvez um pouquinho exagerada em seu desfecho.
Exagero que combina, o desespero dos personagens, uma constante independente do lado em que esteja. Adolescentes maltratados nos labirintos, pessoas comuns com medo de serem infectados, cientistas com receio de não achar a cura a tempo, todos parecem estar correndo, sem rumo, perdidos em um labirinto metafórico. O desespero exacerbado no entanto acaba gerando, momentos, falas e soluções clichês, e por vezes até piegas. Detalhes que poderiam ser melhor trabalhados, mas também não comprometem.

A direção de arte, e os efeitos especiais mantém a coerência com os filmes anteriores na criação de um mundo desolado, com ilhas de alta tecnologia. E expande o universo ao apresentar a última cidade existente, e sua periferia. Nada revolucionário, mas tudo funciona, atende a necessidade do contexto e bem produzido.

Maze Runner - A Cura Mortal (Maze Runner: The Death Cure)
EUA - 2018 - 142min
Ação, Aventura, Ficção-científica
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