O mundo está redescobrindo Margaret Atwood, afinal suas obras povoadas por mulheres fortes encaixam como uma luva com o cenário atual. Entretanto, apesar das semelhanças temáticas e do fato de The Handmaid’s Tale inevitavelmente vir a mente assim que pensamos em Alias Grace, é bom avisar são trabalhos muitos distintos.
Grace Marks (Sarah Gadon) era uma adolescente em 1843 quando foi condenada à prisão perpétua por assassinato. Quinze anos depois o Dr. Jordan (Edward Holcroft), especializado em problemas da mente vem estudar seu caso, já que a moça alega não ter memórias do crime que a pôs na prisão, fazendo com que sua participação seja uma incógnita.
Informações úteis para sua maratona de Alias Grace
1 - Alias Grace é mais uma feita pela Netflix em parceria com a emissora canadense CBC, a mesma de Anne with an "E". O serviço de streaming é responsável pela distribuição mundial.
2 - Baseado no livro de Margaret Atwood, que por sua vez é inspirado em um caso real. Grace Marks realmente existiu, assim como o caso de assassinato e as dúvidas quanto ao seu envolvimento. Entretanto, as situações e a maioria dos personagens retratados no livro e na série são ficcionais.
3 - A roteirista Sarah Polley tentou adquirir os direitos de adaptação da obra em 1996, ano de seu lançamento. Levou mais de vinte anos para conseguir entregar a obra pronta.

Nos últimos episódios da série, descobrimos que na época do crime Grace tinha 16 anos, assim como a versão da vida real. Esta última teria chegado ao Canadá aos 12 anos.
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Grace com 12 anos? |

6 - Zachary Levi interpreta Jeremiah na série. Seu primeiro trabalho de destaque foi como protagonista da série Chuck, nerd que tem um supercomputador instalado acidentalmente em seu cérebro e por isso passa a ser monitorado pela a Agente Sarah Walker (Yvonne Strahovski). Strahovski faz parte do elenco The Handmaid’s Tale, série baseada em outro livro de Atwood, também lançada por uma plataforma de streaming em 2017.
7 - O cineasta David Cronenberg, participa da série como o reverendo Verringer.

9 - Todos os homens retratados na série são culpados de uma forma ou outra, ou no mínimo cometem atos altamente condenáveis. Mesmo aqueles tidos como "homens de bem" como o Dr. Jordan, ou o jovem Jamie Walsh.
10 - E por falar no D. Jordan, se ele lhe parecer familiar, o outro trabalho de maior destaque de seu intérprete Edward Holcroft é o almofadinha irritante Charlie, presente nos dois filmes da franquia Kingsman.
11 - A obsessão do Dr. Jordan por seu objeto de estudo é retratado não apenas pela aparência do personagem que decai ao longo dos episódios, mas também pela proximidade física de suas sessões. No início separados por uma sala inteira e uma mesa, na última conversa os personagens falam sentados tão próximos frente-a-frente que seus joelhos se tocam.
12 - A única personagem realmente não faz julgamentos sobre Grace é uma empregada negra, que afirma que não vai condenar alguém por se levantar contra seu senhor. Adicionando ainda mais camadas no complexo caso.
13 - As colchas de retalhos que Grace borda constantemente e cita em alguns momentos, são uma analogia a forma complexa com que sua história é contada.

15 - O julgamento de Grace nos livros e na vida real teriam acontecido em 3 e 4 de Novembro de 1843. A série foi liberada na Netflix em 3 de Novembro de 2017.
156 - A série foi apresentada como "limited series", o que significa que não devem haver novas temporadas, mesmo porque a história não deixa margens para continuações.
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Alias Grace tem seis episódios com cerca de uma hora de duração cada. Todos estão disponíveis na Netflix. Leia a crítica da série!
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