Supergirl - 2ª temporada

O público comemorou quando a CW (canal de e TV estadunidense) adquiriu os direitos de Supergirl. Admito, estava entre eles. A série sobreviveria para uma segunda temporada, teria mais possibilidades de crossovers com Flash, Arrow e Legends, e talvez ganhasse um orçamento melhor para seu caricato departamento de maquiagem. Contudo, na empolgação, esquecemos de pensar no que a série poderia perder ou precisar adaptar com a mudança.

A perda mais gritante e incômoda é a no elenco. Calista Flockhart - que faz breve participações apenas -, não é a única a deixar o elenco, mas a curiosa relação tutora-aprendiz de sua Cat Grant com Kara, era um dos pontos fortes da primeira temporada. Sua saída não eliminou apenas uma relação interessante, mas também todo o "núcleo profissional" de Kara, exigindo dos roteiristas um esforço para remanejar personagens e por ordem na casa, o que nos leva à outras mudanças.

Kara (Melissa Benoist), Winn (Jeremy Jordan) e James (Mehcad Brooks), precisariam de novos chefes. Enquanto a mocinha resolveu ser jornalista e se mudou para a redação. O técnico de TI, foi incorporado no núcleo equipe do DOE, teve suas habilidades expandidas. Agora ele é hacker, especialista em aliens, faz trajes e tem uma personalidade que mistura as características de Felicity e Cisco (os nerds adorados em Arrow e Flash respectivamente).

Jimmy James Olsen foi o que mais sofreu com a mudança, seu romance sem química com a mocinha foi deixado de lado, e ele assumiu o cargo de Cat Grant que parece estar além das qualificações do fotógrafo e faz parte de um núcleo extinto. A solução foi apelar para um enfadonho arco próprio, transformando o personagem em um vigilante que estaria melhor posicionado na série do arqueiro.

Outra mudança é que agora a Terra é lar de refugiados de todas as partes do universo. Antes os único alienígenas eram os fugitivos da zona fantasma. A super-população repentina de aliens não é bem explicada, mas trouxe bons novos personagens, e consequentemente arcos para a trama, como M'gann (Sharon Leal) e Mon-El (Chris Wood) o novo interesse amoroso da protagonista.

E por falar em interesse amoroso, um grande acerto desta temporada está relacionada à romance. Alex (Chyler Leigh), irmã adotiva de Kara se descobre homossexual tardiamente e toda sua jornada de aceitação foi trabalhada de forma simples e orgânica. A moça tem dúvidas, medos e dilemas, mas não é feito um estardalhaço sobre isso, ela apenas enfrenta os desafios conforme aparecem. É apenas mais um romance entre os muitos na série.

O mistério sobre a família Danvers lançado na temporada anterior evolui pouco. Talvez para dar mais espaço para a entrada da família Luthor, mas sua persongem com mais espaço Lena (Katie McGrath), irmã adotiva de Lex, ainda não disse à que veio. Mas sua presença nos leva à outro porém desta temporada: a tranformação de Kara em uma "versão feminina" de Clark.

A super-moça de repente se descobre uma amante do jornalismo. Começa a ter uma relação com potencial para complicação com um Luthor. Até seu figurino muda para incluir mais terninhos. Até mesmo a postura da moça parece mais com as poses clássicas de seu primo.

E por falar no último filho de Kripton, ele finalmente da às caras em uma versão propositalmente mais leve. Tanto para se adequar à série, quanto para diferenciar do Superman do cinema a versão vivida por Tyler Hoechlin (Teen Wolf), agradou a maioria pela leveza. Para esta blogueira que voz escreve, no entanto, ele é leve demais, soa caricato e inexperiente. Especialmente quando esperamos que ele tenha mais experiencia no "heroísmo" que a prima. Até mesmo sua idade parece estar errada, ele é jovem demais - a diferença de idade entre Hoechlin e Benoist é de apenas um ano, devia ser uma década. Mas quem sou eu para ir contra a maioria... se agradou, fiquem com ele!


Entre erros e acertos, em um ano de mudanças e ajustes Supergirl se saiu bem. Entregou uma temporada mais dinâmica, com mais história e conflitos e em muitos fatores superior ao primeiro ano da série. Inclua aí um aumento considerável em recursos e as boas participações especias. Só faltou mesmo, melhorar o departamento de maquiagem. Os vilões continuam com visual caricato e de gosto duvidoso. Fica a dica do foco para o terceiro ano!

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