Momento de discurso encorajador do clímax de final de temporada, e o herói explana:
"- Nestas duas semanas desde que o domo apareceu, temos feito de tudo para salvar essa cidade..."
Para tudo!!! Como assim duas semanas??? Não pode ter passado tão pouco tempo desde que os moradores de Chester's Mill ficaram presos sob a cúpula. A segunda temporada de Under The Dome, acertou ao diminuir e interligar melhor as linhas narrativas, resultando em um número maior de ação surpresas e reviravoltas. Tanto que é difícil acreditar se passaram apenas uns 15 dias.
Desde, o primeiro episódio da série as personagens estão presas sob um domo invisível, indestrutível e um tanto quanto mágico. Desde então esta nova micro sociedade (a cúpula cercou apenas parte da cidade, em um dia de festa quando muitos estavam fora), precisa se reorganizar, lidar com a escassez de recursos, as mudanças causadas pelo domo, e o mistério de sua existência em si.
A primeira temporada foi bem o suficiente para garantir o segundo ano, mas teve um final um pouco decepcionante. Não resolvendo nenhuma das questões levantadas, e deixando um clímax frustante em aberto. Logo, para garantir, a nova temporada ganhou um primeiro episódio escrito por Stephen King, autor do romance homônimo da qual a série se baseou.
Enxugando, o elenco (leia-se matando personagens chave), a nova temporada começa criando novos dilemas e unindo as diversas tramas em torno de um único tema: o que o "domo quer".
Assim, o político megalomaníaco acredita que o domo o escolheu para liderar. Os adolescentes acreditam que precisam proteger sua fonte de energia, um ovo luminoso encontrado na temporada anterior. Enquanto a professora de ciências tenta resolver tudo de forma lógica, e driblar toda a crendice. O que é difícil uma vez, que manifestações sobrenaturais, como chuva de sangue, ressurreições e premonições não param de acontecer.
Para compensar as perdas, novos personagens com trajetórias inevitavelmente ligadas ao domo são bem vindos. Desde moradores, ainda não apresentados (mas que sempre estiveram ali), passando por gente de fora do domo, até pessoas cuja essa existência é impossível. Infelizmente, qualquer informação além disso é considerada spoiler.
As pessoas que jà conhecemos, continuam com suas personalidades e trajetórias "estimadas" pelo expectador. Big Jim (Dean Norris), ganha mais loucura em sua sede de poder. Norrie e Joe (Mackenzie Lintz e Colin Ford - o joven Sam Winchester, de Supernatural), continuam a bisbilhotar e tentar entender o domo. Barbie e Julia (Mike Vogel e Rachelle Lefevre), tentam resolver todos os problemas e ao mesmo tempo "ser um casal".
A grande surpresa é a mudança na personalidade de Júnior (Alexander Koch). O filho do Big Jim, renega o pai, passa a ser chamado de James, e passa de adolescente instável que aprisionava a namorada, para um jovem tentando acertar diante das responsabilidades que lhes são impostas. Mudança grande e repentina, que seria absurda para o expectador, caso ele não estivesse ocupado demais com as reviravoltas da trama.
Com apenas 13 episódios, não há tempo para enrolação, talvez por isso a sensação de que muito mais tempo se passou (ou talvez seja erro do roteiro mesmo!). Reviravoltas constantes e ritmo acelerado são os pontos fortes desta boa temporada, que sim termina em um final em aberto. Desta vez entretanto faz isso bem. O clímax não é forçado, e a única frustração do expectador é ter de esperar a terceira temporada!
Under the Dome (O Domo, na TNT e Under the Dome - Prisão Invisível, na Globo) é baseado no romance* homônimo de Stephen King. É exibido no Brasil pela TNT, a Globo exibiu a primeira temporada.
*No Brasil o romance foi publicado com o título Sob A Redoma.
Leia sobre a primeira temporada de Under the Dome ou conheça outras séries.
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