Com perdão do trocadilho, mas não resisti!
Então a maldição foi quebrada e eles viveram felizes para sempre! Só que não foi assim, caso contrário não haveria a segunda temporada (que terminou de ser exibida ontem pelo canal Sony) da série Once Upon a Time. Aliais a história não terminar no "felizes para sempre" é o que move a trama.
Para situar os não iniciados. A Rainha Má da Branca de Neve não ficou satisfeita em perder a briga, e logo após o que normalmente seria o fim da história lançou uma grande maldição em todo o reino. Todo o reino dos contos de fada foi condenado a viver em um lugar terrível, Storybrook, uma cidadezinha isolada nos EUA em plano século XXI. Separados e sem lembranças de suas reais personalidades, presos por 28 anos até a chegada de uma salvadora. Cientes da maldição, mas sem poder evita-la Branca e seu Príncipe conseguiram isolar sua filha recém nascida da maldição. É claro, que a moça precisa encontrar a cidade, e acreditar que mágica existe antes de cumprir seu destino. Enquanto nós descobrimos as histórias e motivações das personagens, bem como descobrimos novas figuras de contos de fada e seu papel na trama. Ufa!

A maldição foi quebrada, mas os personagens agora cientes de quem são ainda estão presos em Storybrook. Descobrimos que o mundo de contos de fadas não foi completamente destruído, e que alguns personagens sobreviveram por lá. Também descobrimos a existência de outros mundo mágicos. Além do País das Maravilhas apresentado na primeira temporada, descobrimos que o mundo do Dr. Frankestein é em preto e branco, e que a Terra do Nunca fica mesmo na segunda estrela à direita, até o amanhecer.
O universo expandido garante vários personagens novos e das mais variadas origens, desde Lancelot (aquele do Rei Arthur), passando pelos gigantes do pé de feijão, e até a guerreira chinesa Mulan. Nenhum deles unilaterais. As várias facetas presentes em cada um tornam ainda mais interessantes, seus inusitados encontros, e o choque de motivações.
Do mundo real também vem ameaças, e novos personagens. Afinal sem a maldição, uma cidade cheia de magia pode ser encontrada por qualquer um que passe por ali. E por incrível que pareça ainda sobra espaço para os flashbacks que permitiram as narrativas paralelas na primeira temporada.

Once Upon a Time conseguiu manter o ritmo, coerência e a originalidade, mesmo com tantas subtramas e após uma primeira temporada muito boa. É um prato cheio para quem curte histórias superpopulosas (alô Game of Thrones!) cheia de reviravoltas e encontros improváveis de diferentes universos. Tanto que a série já garantiu sua terceira temporada.

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