Pode reclamar que é spoiler! Mas, John McClane não morre neste quinto filme da franquia. Apesar do título Duro de Matar - Um Bom Dia para Morrer, e da presença de um descendente pronto para assumir o cargo. Normal, Indiana Jones também não conseguiu passar o chapéu e o chicote para seu rebento. E assim como na franquia do arqueólogo, essa é provavelmente é uma das poucas boas escolhas do filme.
O filho de McClane (Bruce Willis), Jack (Jai Courtney - parece, mas não é o cara de Avatar), vai a julgamento na Rússia por homicídio. Papai workaholic ausente na infância, mas super-protetor, vai acompanhar o julgamento em loco. O problema é que o garoto estava exatamente onde queria, a postos para executar um elaborado plano da CIA, para expor uma operação de tráfico de armas nucleares.
Tão elaborado é o plano que fica difícil entender o que acontece na primeira grande sequencia de ação do filme. Os cortes esquizofrênicos, só nos deixa perceber que um número ridiculamente grande de carros Russos foram destruídos. Mas quem está orquestrando o estrago é difícil perceber, a ponto de nos perguntarmos se McClane fazia alguma ideia de quem estava ajudando. Esse ritmo confuso e frenético, rege o longa.
Apesar de não ter crescido acompanhado a franquia, até os mais desavisados sabem que o ponto forte é o protagonista entrando de cabeça na ação, se machucando muito e fazendo uso de recursos precários. Mas, na Russia, isso não é necessário. É possível até descolar um carrão, com o porta malas cheio de armas sem nem mesmo precisar, arrombá-lo. Nem as irreverentes frases de efeito do protagonista, disfarçam os absurdos do roteiro, que fazem um "estadunidense" recém chegado à Mosco entender o trânsito melhor da cidade melhor que um nativo.
Jack por sua vez é só uma cópia mal acabada de seu pai. Apesar de relutar em entrar em contato com o "velho", muda para o modo operante "improviso" do pai assim que tem chance. Não sustenta o conflito de gerações, nem de estilo.
A sorte é que, mesmo com Willis atuando no automático, este desempenho desconexo e abaixo da franquia não elimina o carisma construído pelo herói ao longo dos primeiros longas da franquia. E com tantos efeitos especiais, munição inesgotável e explosões, o filme provavelmente vai fazer dinheiro suficiente para bancar mais um filme. Quem sabe na próxima eles não acertam? Não tentar forçar outro (ou o mesmo) descendente substituto para esticar ainda mais a franquia, já é um começo.
Duro de Matar - Um Bom Dia para Morrer (A Good Day to Die Hard)
EUA - 2013 - 104 minutos
Ação
Era de se esperar que esse filme jamais superaria seus antecessores, ou mesmo se igualaria a eles.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pelo post!
abraço
marcelokeiser.blogspot.com.br
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