As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada

Nárnia chama os irmãos Pevensie novamente, ao menos dois deles. Lúcia (Georgie Henley) e Edmundo (Skandar Keynes) visitam pela terceira vez o reino de Aslan (voz de Lian Neeson), desta vez acompanhados do primo Eustáquio (Will Poulter). Agora eles embarcam no navio real chamado Peregrino da Alvorada, para ajudar o ainda Rei Caspian (passaram se apenas cerca de quatro anos desde a última aventura), a desbravar as distantes ilhas dos mares de Nárnia e encontrar sete lordes e terminar com uma terrivel maldição.

Formado por episódios distintos, é a mudança de cenário a maior novidade da terceira aventura baseada na obra de C. S. Lewis. Em cada ilha visitada pelo navio, novos desafios são impostos as personagens. E novas criaturas são apresentadas. Cáspian (Ben Barnes), Lucia e compania tem de enfrentar, mercadores de escravos, criaturas invisíveis, e até fumaça misteriosa. Fumaça, ilhas mágicas, pensou que Lost era original né!

Longe de Nárnia, no mundo real, a Segunda Guerra está em curso. Pedro (William Moseley) e Suzana (Anna Popplewell), cujo aprendizado/colaboração com o reino de Nárnia terminou na aventura anterior, estão seguindo suas vidas, e assumindo responsabilidades de adultos normais. Enquanto Lúcia e Edmundo passam uma longa temporada com seus tios e o mimado e convencido primo Eustáquio. 

Lúcia se sente feia e sem valor ao se comparar com a irmã mais velha. Já Edmundo, a exemplo de Pedro anteriormente, se recusa a ser tratado como criança, a aceitar que aqui ele não é um rei. Eustáquio odeia os primos, não acredita em fantasia e acha que quem lê contos de fadas, ao invés de livros de "fatos reais" não tem futuro. 

A volta a Nárnia, impõe situações que vão mostrar a Lúcia seu verdadeiro valor. Ajudar a Edmundo a aceitar a vida real e Eustáquio a acreditar na fantasia. Tudo devidamente acompanhado de lições de moral e recheado de metáforas cristãs. O que de forma alguma obriga ao espectador (ou mesmo ao leitor) a perceber a histórias de forma religiosa.

A Viagem do Peregrino da Alvorada, assim como as outras crônicas de Nárnia são aventuras simples e agradáveis de assistir. Como uma brincadeira de faz de conta, basta aceitar que mágica é possível para embarcar na aventura. Neste longa a simplicidade ainda é mais evidente, devido a divisão mais episódica da história.  

As pequenas aventuras que resultam em uma história maior, do qual o longa é composto também tornam possível a insersão de pequenos "clímaxes" durante todo a projeção. Com aventura o tempo todo, é dificil perder o interesse seja você criança ou não. Mas não se engane, o público alvo são os pequenos, o execsso de lições de moral, que podem irritar os mais velhos, é prova disso. Não dá para ser engajado todo o tempo, despretenção também faz parte da aventura e da diversão.

De forma geral, As Crônicas de Nária em páginas ou na tela, além de divertir, são uma ótima iniciação á fantasia para os pequenos. Preparando os para encarar histórias mais complicadas, como O Senhor dos Anéis, sem medo.

A Caminho do Reino de Aslan,
 será o paraíso?
Mais simples, que O Leão a Feiticeira e o Guarda-roupa, que teve a árdua tarefa de apresentar um universo complexo. E menos linear que Principe Cáspian. A Viagem do Peregrino da Alvorada fica entre as duas e encerra com razoável qualidade a passagem dos irmãos Pevensie pela franquia. Caspian e Eustáquio ainda retornariam, mas das quatro crônicas restantes apenas a aventura final, A Ultima Batalha, conta com a aparição de quase todos as personagens. Basta saber se a franquia sobrevive com novos heróis. 

As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada 
(The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader)
EUA - 2010 - 115 minutos
Aventura / Fantasia

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