
Depois o assassinato de seu mestre capoeirista, Besouro (Ailton Carmo) inicia a luta contra a opressão dos negros, ainda vigente no reconcavo baiano, cerca de 40 anos após da abolição da escravatura. Para tal contava com a proteção dos Orixás, e com a capoeira. A arte marcial, ilegal na época (hoje é patrimonio cultural brasileiro), é mostrada no filme de forma espetacular. As lutas foram coreografadas por Huen Chiu Ku, que cuidou de sequências de ação de filmes como O Tigre e o Dragão e Kill Bill.
Por divergir dos gêneros tradicionais que o cinema brasileiro tem oferecido (comédias, dramas e documentários), Besouro já tem seu mérito. Além da ação e da fantasia o longa mostra uma nova face do Brasil na tela grande. O elenco de novatos, a maioria capoeristas de verdade, surpreende pelo entrosamento, tanto do grupo quando com a história. O destaque fica a cargo da interprete de Dinorá (Jessica Barbosa), a personagem criada apenas para o filme tem a melhor sequencia de vinguança do filme.
Talvez o único deslize seja o arrasto da história. Em alguns momentos o herói é passivo demais deixando a narrativa a cargo dos coadjuvantes. O que entrega um volume menor de cenas de ação do que o esperado pelo público, uma vez que, as imagens e trailers da produção criaram bastante expectativa.
A grande batalha final, tradicional em filmes de ação, é curta quase inexistente. O que embora decepcionante para alguns, concede maior força, não ao herói, mas a o que ele representa. O grande trunfo de Besouro na história não é a sua luta, mas as lutas que foram inspiradas pela sua. Ao cinema nacional resta a esperança que a semente que Besouro plantou, nas tela grande vingue, trazendo novos gêneros, narrativas e novos "Brasis" para a sala escura.
Besouro
Brasil - 2009 - 95 min
Ação
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