Na XIII Mostra PUC-Rio

Aconteceu na semana passada, de 25 a 28 de Agosto, a 13º Mostra PUC, a maior feira de recrutamento de estágio e trainees do país. E como sou recém formada e desempregada fui lá conferir as oportunidades.

Uma coisa que aprendi quando fui a esta feira na época da faculdade, não mudou até hoje: não acredite nos jornais regionais que a noticiam. Só é considerado trainee, quem está formado a cerca de 2 anos, não 5.

E não adianta levar dezenas de currículos impressos, a única coisa de que vai precisar para esta feira é capacidade de digitação. Os stands não recebem currículos. Quando fui a alguns anos a maioria já não recebia, mas ao menos haviam formulários a serem preenchidos a mão. Agora além de nenhum stands aceitar os currículos, a grande maioria oferece oportunidade de cadastro no computador, via internet.

Sim! O mesmo cadastro que você poderia fazer em casa, apenas visitando o site da empresa. A diferença são os brindes, canetas, mouse pads, garrafas de água, sacolas (a do stand da Oi era linda, de tecido, com ziper!), que são oferecidos a cada cadastro.

O resultado são filas gigantescas de estudantes esperando por um computador vago, a caça dos brindes mais legais, felizes por poderem abonar a falta para ir a feira. Um tumulto sem tamanho nos corredores, causados pelas filas, o que atrapalha a explicação que os responsáveis pelos stands dão sobre suas empresas. O empurra-empurra e a barulheira é tanta que mal dá para ouvi-los.

Não seria mais fácil pedir que as pessoas enviassem seus e-mails para a PUC e repassar um link com os endereços de cadastro de cúrriculos na internet. Com certeza seria mais democrático, afinal nem todos tem verba ou podem perder um dia para ir até até a Gávea participar da feira.

Ainda restam as palestras, exibições de curtas e apresentações culturais, que poderiam sim ser o diferencial da feira, mas sua programação é divulgada apenas na internet. E com a muvuca, agitação e falta de sinalização nos corredores os eventos acabam sendo esquecidos, ou pior ainda, não encontrados em meio a tantas salas e estudantes.

Talvez seja a hora de a organização da feira rever os conceitos. Esse formato não funciona, a não ser como experiência universitária. Nada como um dia numa feira com os amigos de faculdade. É como quando estamos no colégio e vamos a Bienal do Livro, mas voltamos para casa apenas com um exemplar e dezenas de mini-livros, que costumam dar de brinde.

Divertido, mas nada produtivo!

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