Casa nova, Doctor novo, companheira nova, Tardis nova... é uma nova era para Doctor Who! Isso, o terceiro especial de 60 anos deixou bem claro, ao apresentar o doutor de Ncuti Gatwa da forma mais inusitada possível. Mas agora é hora de inaugurar suas aventuras, e a série faz isso com um especial de natal simples e fofo, contrariando qualquer expectativa megalomaníaca!
Em The Church on Ruby Road, Rubi Sunday (Millie Gibson) foi uma criança nascida e abandonada na véspera de Natal. Mas que encontrou e cresceu em um lar amoroso. Seu caminho cruza com o Doctor, quando outra criança abandonada na comemoração natalina é sequestrada por goblins, com carinhas de duendes malvados do Papai Noel (o bom velhinho não está de forma alguma envolvido com eles!).
Como de costume, o Doutor percebe algo estranho e fica por perto até que a aventura se apresente. Usa suas habilidades ímpar para resolver a incomum situação, faz amigos humanos no processo, e por fim salva o dia. Aventura simples, mas extremamente eficiente, na cartilha da longeva série. Confirma o que o episódio anterior indicava. Doctor Who está reiniciando!
É uma nova fase, que vai reapresentar todo o universo para novas gerações. Chave de fenda sônica, papel psíquico e até a Tardis são reapresentadas, como a fala final da vizinha encrenqueira deixa claro. Embora aqui as explicações se resumam ao uso das ferramentas. Provavelmente Ruby, a nova companion vai exigir mais detalhes ao longo da nova temporada. A escolha menos didática, não sobrecarrega os fãs antigos, com um excesso de explicações que eles já conhecem, ao mesmo tempo que mantém a aventura leve e dinâmica.
Com o palco só pra ele, Gatwa começa a dar personalidade à sua versão do personagem título. Confiante, exuberante, entusiasta por curtir a vida, não tão frenético quanto outras versões, mas mais amigável que muitas. E caso, estas características não forem suficientes, o roteiro o coloca para cantar de improviso para escapar de uma enrascada. Adorável!
E por falar nos bichinhos, junto com cenários e efeitos especiais, as criaturas deixam evidente que a nova parceria com a Disney trouxe mais recursos (leia-se verba!) para a série. Mas a direção de arte, consegue manter o lado adoravelmente cafona, causado pelo orçamento baixo, mas que com o tempo que se tornou um estilo próprio da série.
Simples, leve e divertido, o especial de Natal que inaugura as aventuras do 15° Doctor, é o plano perfeito para recomeçar, sem deixar os veteranos para trás. E um excelente programa de fim de ano para a família toda!
O Disney+ é a nova casa de Doctor Who no Brasil. Trazendo todos os episódios novos, desde os especiais de 60 anos da série.
Postar um comentário