A primeira metade da temporada de The Walking Dead bem que poderia ter apenas três episódios: o de início que situa todos, o final climático com gancho para o retorno no ano seguinte e um único episódio no meio para condensar os acontecimento dos outros seis capítulos. Ao menos este ano, a metade de 2017 da 8ª temporada parece mais focada em seu desfecho, embora a jornada até ele não esteja livre dos tradicionais altos e baixos.
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Alexandria, O Reino, e Hilltop colocam em prática seu plano para derrotar os Salvadores logo no primeiro episódio, sem enrolações ou explicações para o expectador. Tentar compreender o plano conforme ele se desenrola, em meio à cenas de ação por vezes exageradas e desenfreadas, é uma das partes interessantes desta temporada. Entretanto, no meio desta "luta", existem humanos com suas falhas obsessões e paixões.
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É principalmente nessas pausas para desenvolver estes interesses paralelos que a série encontra seus extremos. Ora arrasta a narrativa para abordar que o programa já discutiu exaustivamente (Jesus e Morgan brigando pela vida dos reféns). Ora desenvolve arcos de personagens que não são exatamente os de maior interesse do público. Curiosamente o odiado padre Gabriel ganhou um caminho surpreendente. Já o inexpressivo Aaron começa a ganhar importância após uma morte sem grande impacto na audiência. Enquanto Eugene arrasta seu conflito interno sobre qual lado escolher.
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No meio de tudo isso, os protagonistas perdem espaço, não pelo excesso de personagens, mas pela falta de equilíbrio para abordar cada um deles. O mega-vilão Negan pouco aparece, mesmo com a incrível habilidade de seu intérprete Jeffrey Dean Morgan de roubar a cena.
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Maggie tem seu amadurecimento como líder desenvolvido em poucas, porém eficientes cenas que teriam melhor efeito se não estivessem tão espalhadas ao longo dos oito episódios. É Ezekiel quem ganha um um desenvolvimento mais focado. O Rei otimista, é relembrado à força da crueldade desse mundo, e precisa redescobrir os motivos por que se tornou líder.
E o que dizer de Rosita, Michone e Carl, deixados em casa literalmente, por grande parte desta mid-season. Enquanto o sumiço de Danai Gurira é claramente justificado pela sua atarefada agenda que incluía as gravações de Pantera Negra, a ausência de Chandler Riggs é mais preocupante diante do desfecho de seu personagem no excelente, porém muito escuro mid-season-finale. Seria muito mais interessante ver este Carl mais maduro ao longo dos episódios do que apenas neste último.
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Com metade da sua "equipe" em
casa Alexandria, resta à Rick seguir seu plano, que por vezes soa, e é, sem pé nem cabeça (porque contar com o pessoal do Lixão novamente?). Além de lidar com os companheiros que saíram em missão, alguns deles tão afetados por Negan, que não demoram a causar conflitos internos e colocar o plano em risco.
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Com uma reviravolta surpreendente em seus últimos momentos, e um
flashfoward/sonho/alucinação(???) mal explicado, a oitava temporada de
The Walking Dead até aumenta a quantidade de ação, mas entrega o mesmo ritmo narrativo oscilante. Mantendo assim, a mais longa jornada de todas intacta: a dos dedicados fãs à espera de uma temporada equilibrada. Enquanto isso, não esqueça, corte a cabeça ou destrua o cérebro!
The Walking Dead retorna apenas em fevereiro de 2018. No Brasil a série é exibida pelo canal Fox.
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