Olá, meu nome é Fabiane e eu era uma blogueira preocupada. Quando comecei a assistir Flash tinha receios das armadilhas que as fórmulas prontas das séries da TV poderiam trazer para a trama do velocista. Felizmente minhas preocupações eram infundadas e a primeira temporada da série fez justiça às ao homem mais rápido da terra.
Caso você não tenha notado (o que é bastante provável), o primeiro parágrafo desta resenha é uma brincadeira (não muito boa), com a introdução da série The Flash, que felizmente é a única coisa repetitiva da produção. Mas antes vamos contextualizar...
Barry Allen (Grant Gustin, de Glee) é o homem mais rápido do mundo. Quando ele era criança viu sua mãe ser morta por "algo impossível" e seu pai ir para a prisão por esse acontecimento. Quando adulto um acidente o tornou "algo impossível". A partir daí ele divide seu temo entre o trabalho de cientista forense, usar sua velocidade para combater o crime e encontrar outras pessoas como ele. Além é claro de buscar obsessivamente o assassino da sua mãe e justiça para o seu pai.
Tal acidente foi a explosão do acelerador de partículas dos Laboratórios S.T.A.R., que acidentalmente também transformou outras pessoas em "meta-humanos". É aqui que a série corria o risco de perder tempo em episódios procedurais, e repetir exageradamente a fórmula "meta-humano" da semana. Fórmula que funcionou por um tempo com Smallville (o infectado de meteoro da semana) mas hoje já está saturada. Felizmente a trama seguiu outros rumos, usando os vilões com super-poderes como ferramentas para o Barry se desenvolver suas habilidades, e desenrolar o caso principal.
A misteriosa morte da mãe de Barry permeia toda a temporada e determina seu season finale, que traz viagem no tempo, realidades alternativas, paradoxos. E consequentemente uma muito bem vinda incógnita sobre os rumos da segunda temporada.
Outro receio que permeava a produção era sua ligação com Arrow, que poderia deixar o expectador que optar por acompanhar apenas uma das séries pode ficar meio perdido. Os dois heróis fazem parte do mesmo universo. Barry foi apresentado durante a segunda temporada da série do arqueiro. E sim, eles as séries compartilham aventuras, mas cada uma em sua própria linha narrativa. Eventualmente você vai ficar com vontade de acompanhar a participação de um no outro, mas não é pré-requisito para a compreensão de nenhuma das produções.
E por falar em Arrow, Flash tem um tom completamente diferente de sua série irmã. Bem humorada, conseguiu até mesmo utilizar os cartunescos nomes dos vilões dos quadrinhos. Utilizando o personagem nerd Cisco Ramon (Carlos Valdes), como alívio cômico para a tarefa. Além de usar e abusar de referências nerds de todas as mídias.
Também houve espaço para desenvolver a trama de Caitlin Snow (Danielle Panabaker) e seu namorado supostamente morto no acidente do S.T.A.R. Labs. A ambiguidade de Harrison Wells (Tom Cavanagh), cientista responsável pelo acelerador de partículas e mentor de Barry. E é claro, o romance platônico entre o protagonista e sua melhor amiga/irmã de criação Iris West (Candice Patton). Completam a equação o pai de Iris Joe West (Jesse L. Martin), que abrigou Barry após a morte de sua mãe. E o namorado da moça Eddie Thawne (Rick Cosnett).
Bom humor, muitas referências, soluções criativas, viagens no tempo, além de personagens carismáticos e elenco afinado criaram uma bem sucedida primeira temporada de The Flash. Esta por sua vez chega ao fim com promessas de mais reviravoltas (Quem, entendeu a referência? No último episódio?). Resta saber se o velocista vai manter o mesmo fôlego em seu segundo ano.
The Flash é no Brasil pelo Warner Channel. Leia mais sobre séries e super-heróis, ou confira as primeiras impressões sobre a série.
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