"Se precisa pisar em ovos, pise com força!" Disse certa vem um super herói de um blockbuster recente. Ou seja se vai abordar um assunto delicado explore à fundo. Entretanto tal atitude exige uma coragem que Hollywood não possui. Logo, não é surpresa que a adaptação do best-seller Cinquenta Tons de Cinza seja tão rasa, clichê e equivocada quanto a obra que o adaptou.
A recatada (leia-se virgem, porque aparentemente isto é muito importante para a trama) estudante de literatura Anastasia Steele (Dakota Johnson), aceita fazer um favor para uma amiga doente. Ela vai entrevistar para o jornal da faculdade o poderoso magnata Christian Grey (Jamie Dornan). Como nenhuma boa ação fica sem punição Deste encontro, nasce um interesse mútuo entre o casal, que tem apenas uma barreira para superar: o incomum gosto de Grey por BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo).
Já que livro é uma coisa e filme é outra, nada mais inteligente que utilizar os diferentes recursos de cada mídia para aprimorar o conteúdo e a discussão, certo? Errado.

O romance entre Anastasia e Chistian parece transposto à fidelidade para as telas. Opção que fica evidente mesmo para não leitores, já que para quem não ficou preso em um quarto vermelho nos últimos anos, era difícil ignorar a discussão sobre o livro. Em especial a "esquivocada" pesquisa (será que houve uma?) de E.L. James sobre BDSM. Segundo adeptos reais passa longe da realidade, e poderia ser "melhor abordada" no longa.




Tudo filmado na clichê padronização das comédias românticas. O que torna as cenas "supostamente pesadas" cômicas, deslocadas, mas nunca chocantes. Praticamente brincadeira de criança perto dos gostos peculiares de Joffrey em Game of Thrones, por exemplo.

Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey)
EUA - 2015 - 125min
Drama, Romance
*Cinquenta Tons de Cinza nasceu como uma fan-fiction da saga Crepúsculo.
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