Começando com uma narração em off, o jovem Barry Allen (Grant Gustin, de Glee) se apresenta como a figura incomum que ziguezaguea entre os prédios de Central City. Momentos depois somos informados de um misterioso crime que o tornou praticamente órfão, ainda na infância (sua mãe é assassinada, e o pai preso injustamente pelo crime). Até que um acidente que envolve toda a cidade, dá super-poderes à Barry, e pode ter atingido outros moradores. Mas é claro, antes de sair por aí salvando a cidade o jovem empolgado descobre e testa seus poderes em um beco.
O homem aranha de Sam Raimi também testou seus poderes em um beco, e narrava as introduções e finais de suas aventuras. Pobre Bruce Wayne, órfão em uma cena traumática ainda na infância. Não podemos esquecer da chuva de meteoros, que não apenas trouxe Kal-El, mas infectou toda Smallville.
Não é impressão, The Flash é uma combinação de diversas fórmulas que deram certo no cinema e na TV. O que não significa que seja uma coisa ruim. Muito pelo contrário. Warner e DC conhecem bem o público que pretendem atingir (o mesmo de Smallville e Arrow), e acerta ao entregar uma produção caprichada e com bons efeitos especiais.
Barry Allen é um cientista forense da polícia de Central City, obcecado pela morte misteriosa e aparentemente sobrenatural da mãe. Quando um acidente com o acelerador de partículas dos Laboratórios S.T.A.R., combinado com um raio o atingem, transformando-o em um "meta-humano". Agora o homem mais rápido do mundo, Barry conta com a ajuda da equipe do laboratório para impedir outros meta-humanos de aprontarem por aí.
A equipe é formada por Caitlin Snow (Danielle Panabaker) especialista em bioengenharia que perdeu seu noivo no acidente com o acelerador de partículas. O engenheiro mecânico Cisco Ramon (Carlos Valdes) e Harrison Wells (Tom Cavanagh) dono do S.T.A.R., e de caráter ambíguo.
A parte do romance (meio adolescente, apesar de Barry já ser adulto) fica a cargo de sua melhor amiga Iris West (Candice Patton) que, claro, não faz ideia dos sentimentos de Barry por ela. Principalmente por que o casal cresceu juntos, já que o Detetive West (Jesse L. Martin), pai de Iris, acolheu Barry depois do incidente com seus pais.
Família adotiva, amor platônico |
Ah! E por falar em pais, John Wesley Shipp, o Flash da série da década de 1990. Ganhou o papel de pai do protagonista. Curiosidade que a molecada que está sendo apresentada a série não vai notar. Mas vai colocar um sorriso nos fãs mais antigos do velocista.
The Flash faz parte do mesmo universo que Arrow. De fato, Barry foi apresentado durante a segunda temporada da série do arqueiro. Logo não é surpresa que o mascarado apareça logo no primeiro episódio de The Flash, e que haja promessa de novos encontros em ambas as produções. Isso sim, pode ser um ponto negativo, o expectador que optar por acompanhar apenas uma das séries pode ficar meio perdido de vez em quando. Para quem acompanha ambas, é diversão certa!
Outro ponto fraco, e o perigo da série cair na fórmula "infectado de meteoro meta-humano da semana". Apesar de acertada, pode se tornar repetitiva rapidamente. Mas a série é bem feita, já tem temporada completa (23 episódios) confirmada, e o apoio da muito bem sucedida Arrow. É espaço e recurso suficientes para acertar os ponteiros e não cair na mesmice.
The Flash no Brasil pelo Warner Channel as quintas-feiras, às 22h30. Apenas uma semana atrás da exibição "estadunidense".
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