The North will never forget!

O Norte nunca vai esquecer, nem o Sul, o Leste, o Oeste, e muito menos expectadores. A terceira temporada de Game of Thrones deixou muita gente de queixo caído. Isso porque a temporada cobriu apenas parte do livro "A Tormenta de Espadas", terceiro da série "Crônicas de Gelo e Fogo".


Isso mesmo, apenas cerca de meio livro foi aproveitado aqui. Entretanto essa divisão, necessária uma vez que este é o livro mais extenso (e mais lotado de acontecimentos) até o momento, foi feita de forma incomum. Os roteiristas optaram por seguir cada história em seu próprio ritmo. Para quem já leu os livros, ficou a sensação de que personagens como Arya, Jaime e Bran não tem mais muita história para contar na próxima temporada. Enquanto Tyrion, John e Daenerys ainda tem muitos desafios para enfrentar.

A divisão uniformizou o tempo em tela da maioria das personagens, mas deixou a dúvida de como os roteiristas vão manter o ritmo. Especialmente se lembrarmos que os livros 4 e 5 cobrem praticamente o mesmo espaço de tempo, cada um com uma metade das personagens.


Apesar de ser uma adaptação fiel, toda adaptação precisa de concessões. No caso de Game of Thrones concessões significam cortes de personagens, apresentações tardias e substituições. Foi assim que os roteiristas providenciaram para quem já conhecia a história um genuíno momento "que diabos está acontecendo???". Oferecendo Gendry aos sacrifícios da feiticeira vermelha. Outra bem vinda alteração foi a inclusão das cenas da tortura de Theon, que não está presente neste livro (estou no livro 5 e ainda "não sei" por onde anda este personagem).

É claro que nem as surpresas, nem mesmo a rebelião de Danny em Astarpor supera a festa de matrimônio de Edmure Tully. Desde o início os produtores contavam que decidiram trabalhar na série apenas para poder fazer esta temporada. O motivo tem apenas duas palavras "Casamento Vermelho". Cena mais chocante que a morte do "suposto" protagonista Ned Stark na primeira temporada, e com contagem de corpos maior também. O destaque fica para Michelle Fairley e seu impressionante sofrimento materno.

Palmas também para os efeitos especiais. Melhor aplicados nos dragões e nos Withe Walkers que nos lobos (estranho, já que lobos existem para serem fotografados, apesar da diferença de tamanho), continua excepcional e realista. E para o crescimento de Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), testando nossa habilidade de perdoar.

Entretanto, uma das características que mais gosto da série, é que esta se permite um tempo para analisar as consequências das chocantes reviravoltas. A maioria dos expectadores reclama, quer uma grande morte a cada episódio. Mas, com personagens tão complexos e cheios de facetas seria desperdício não observar suas reações a cada fato. Além disso, as pausas apenas tornam as tempestades mais impactantes.


A pausa entre as temporadas, esta sim é uma tortura digna dos Bolton. A espera é longa e cheia de terrores,  e não existem muitas opções com tamanha qualidade narrativa e tecnica na TV. Copa do Mundo? O que queremos de 2014 é uma nova temporada de Game of Thrones!!!

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