Um veículo em alta velocidade, e com carga que pode causar uma enorme explosão circula por áreas habitadas colocando em risco a vida de centenas de pessoas. Não, não estou falando de Velocidade Máxima, (com Keanu Reeves e Sandra Bullock), muito menos de sua nem tão brilhante sequencia. Em Incontrolável o veiculo é um trem gigantesco que vai medir forças com Denzel Washington.
Inspirado por um incidente real de 2001, Incontrolável começa com uma simples falha humana, que coloca um trem cheio de combustível explosivo em curso, na velocidade máxima e sem maquinista. A locomotiva ameaça dezenas de cidades em seu caminho, enquanto decisões erradas dos executivos da empresa apenas agravam a situação, que se aproxima cada vez mais de um catastrófico descarrilamento em uma área urbana.
Frank Barnes (Densel Washington), um funcionário descontente com sua aposentadoria forçada e obrigado a treinar um dos jovens para quem os veteranos estão perdendo as vagas, resolve colocar seu conhecimentos sobre o funcionamento da ferrovia em prática para evitar o acidente. Contrariando as ordens de seus superiores e mostrando que a experiência é muito mais valiosa que a juventude e as estatísticas e planejamentos de quem só conhece o trabalho por trás de uma mesa.
Will Colson (Chris Pine, o novo Capitão Kirk), é o jovem a ser treinado e cheio problemas em casa. Enquanto Rosario Dawson segura as pontas como a controladora de tráfego, e "ponte entre executivos e trabalhadores" Connie Hooper.
O foco do longa está todo voltado em parar o gigantesco trem, nos mostrando as diversas opções possíveis, muitas delas erradas, e outras certas mas que só seriam notadas tarde demais, ou por quem está de fora da situação. Mesmo assim ainda sobra tempo para os heróis enfrentarem seus problemas pessoais, e exorcizarem seus demônios durante a trágedía. E segundo as regras do cinema, nada funciona tão bem quanto uma catástrofe para solucionar problemas, reunir famílias, ampliar horizontes e perspectivas.
Não exige grandes atuações, embora eu tenha a sensação que Denzel represente sempre o mesmo personagem, portanto não há dificuldades para ele. Enquanto seus coadjuvantes de luxo, Pine e Dawson, não precisam se esforçar tanto para nos fazer acreditar que trabalham na ferrovia. Mas não importa, pois quem vai ao cinema ver este tipo de filme não busca atuações inspiradas e sim adrenalina constate, e nisso o longa de Tony Scott, (que trabalhou com Denzel em outros 4 longas) é mais que eficiente.
Em movimento todo o tempo, sempre há um novo obstáculo a ser superado ou uma nova decisão equivocada para agravar a situação, colocando os personagens, e espectadores em constante alerta. Uma tensão pela qual curtimos passar, pois de alguma forma sabemos que o dia será salvo a tempo. Talvez role um pouco de culpa, por nos entretermos com a desgraça alheia, quando lembramos que o longa foi inspirado em um incidente real, mas a sensação não vai muito além dos créditos.
EUA - 2010 - 98 minutos
Ação
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