Hollywood ainda não descobriu a fórmula perfeita para transportar as aventuras dos games para as telas. Logo não é surpresa que a grande aposta deste ano, Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos, chegasse às telas não com um mais com dois "reforços". O prequel Durotan e a novelização do roteiro do longa.
E Christie Golden, que também escreveu o prequel, teve realmente como base principal o roteiro de Chis Metzen, a visão do do diretor Duncan Jones e até o trabalho do elenco. E sim, com pouquíssimas surpresas o filme traz uma transcrição um pouco mais detalhada, porém fiel ao filme.
Draenor, o mundo dos Orcs está morto. Logo, a espécie precisa de um novo lar e com ajuda de magia chegam à Azeroth, que pretendem colonizar. Mas este novo reino é habitado, e os humanos vão defender seu território de invasores. Vale sempre lembrar, toda magia tem seus perigos, toda guerra tem dois pontos de vista e em ambos os lados da disputa há heróis e vilões.
Assim, os motivos das duas raças são bastante claros. Os humanos precisam defender seu mundo, enquanto os Orcs estão em uma busca desenfreada, e desmedida, para garantir sua sobrevivência.
Sim, os dois parágrafos acima são exatamente a mesma sinopse que usei na critica do filme. A diferença no livro fica no espaço estra para desenvolver melhor o que os personagens sentem e pensam.
Assim, as suspeitas de Hadggar conforme seus estudos evoluem ficam mais evidentes, bem como a instabilidade do Guardião. As dúvidas de Durotan mais fortes. Os relacionamentos mais detalhados, seja os de amizade entre Medivh, Rei Lane e Lothar, seja o relacionamento deste último com seu filho e a mestiça Garona.
E por falar na meio-orc, meio-humana, é ela a personagem que ganha um pouco mais de espaço que no filme. Quando o livro oferece uma ou outra informação importante sobre seu passado, que espectadores mais atentos podem ter percebido nas entrelinhas do longa.
Menos livre que o prequel, este volume tem seu ritmo complicado pelo excesso de personagens, tramas simultâneas e o formato com resquícios de um roteiro. Temos a invasão da Horda, o clã de Durotan, a resistência humana, a pesquisa de Hadggar, as ações do Guardião, os relacionamentos de Lothar. O vai-e-vem entre os diferentes núcleos é frenético e pode atrapalhar o ritmo de leitura. Especialmente no início quando estamos tentando aprender nomes, costumes e motivações de tantos personagens.
Os pontos positivos são os mesmos dos filmes, um universo rico, com personagens complexos e carismáticos. Uma história de origem (curiosamente origem de uma guerra), que cumpre seu papel de apresentar este novo mundo para não iniciados. E que ainda nos deixa curiosos sobre os rumos desta batalha pelo mundo.
WarCraft, o livro, não é excepcional. Mas, é um ótimo complemento para quem gostou daquele universo, seja nas telas ou games. Além de deixar uma bem vinda vontade de descobrir mais.
WarCraft
Christie Golden
Galera Record
Christie Golden
Galera Record
Leia a crítica do filme Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos, e do livro WarCraft - Durotan.
Postar um comentário