Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível

Não é preciso ser um expectador assíduo de filmes, séries e até novelas para saber: o futuro é sombrio. Rebelião das máquinas, vírus letais, apocalipse zumbi ou apenas o realista aquecimento global, somado à superpopulação, poluição e escassez de recursos. Aparentemente abraçamos nosso futuro distópico Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível, vem com a mensagem otimista de que ainda podemos fazer algo em relação à isso.

Casey Newton (Britt Robertson) é inteligente, determinada e o mais importante otimista. Por isso é selecionada por Athena (Raffey Cassidy), para uma "missão" em Tomorrowland. Uma realidade paralela utópica que Frank Walker (George Clooney) conheceu, mas não tem a mínima intenção de retornar. É claro que ele é o único capaz de ajudar a dupla à chegar lá. Assim o trio embarca em uma tradicional aventura cheia de obstáculos, perigos e descobertas.

Isso, você leu direito, Casey e Athena duas protagonistas reforçando o time feminino forte que felizmente vem invadindo o cinema. Robertson e especialmente a pequena Cassidy o fazem muito bem, roubando completamente a cena dos veteranos George Clooney e Hugh Laurie. Infelizmente é provável que você já ouça ainda na sala, que a aceitação do filme será limitada por esse atributo "feminista". O que passa longe da realidade.

É possível sim, que haja uma boa rejeição à essa filme. Mas, esta se daria à nossa incapacidade de "desligar" nosso cinismo, e abraçar o olhar otimista de verdade. Aquele de quando éramos crianças e não apenas acreditávamos que nada era impossível, e nos permitíamos apenas ficar admirados com algumas coisas, sem precisar de muitas explicações. Esta aliais é uma das falas do filme.

E não é nem um pouco difícil se encontrar visualmente deslumbrado com o design de produção do filme. Imaginativo e bem trabalhado (como não poderia deixar de ser para um blockbuster da casa no Mikey), transita entre o mundo real, o futuro clean porém colorido e alegre, o estilo futurista dos anos 60 e até o steampunk, sem que nenhuma dessas realidade soe fora de contexto.

Os únicos porém são alguns momentos de ficção científica mais "pesada" que pode confundir os pequenos (e até alguns grandinhos), nada que atrapalhe o desenvolvimento da trama. E o fato de que embora esta realidade utópica não seja excludente, ela dá sim mais valor à pessoas excepcionais. A premissa é um mundo melhor criado por pessoas especiais dedicadas à tarefa. Há menção à artistas e atletas, mas a sensação é que em a grande maioria é de cientistas brilhantes. Pessoas capazes de criar mochilas voadoras e foguetes, que na verdade não são a maioria. O que diminui um pouco o impacto da mensagem otimista do longa, e o efeito de sair da sala querendo mudar o mundo. Sim, você pode, mas talvez seja com coisas menos espetaculares.


Apesar de ser inspirado em um antigo brinquedo dos parques da Disney, Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível, é uma aventura bem produzida, divertida e atual. Com uma mensagem otimista de que podemos moldar o futuro, apesar das estatísticas, e mudá-lo para melhor. Depois de tantos Mad Max, The Walking Dead e Exterminadores do Futuro, já era a hora de termos uma perspectiva mais brilhante para nosso futuro.

Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível (Tomorrowland)
EUA - 2015 - 133min
Ficção cientifica/Aventura

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